Casais que também são Pais. E não Pais que também são Casais. Sabemos que há diferentes tipos de famílias. Para aqueles que vivem “em casal” deixamos aqui sete dilemas fundamentais. Porque para termos crianças felizes e saudáveis, a raiz deve estar bem regada.
Dilema 1: Espontaneidade vs Programação
Os dias passam a correr. Então agora com a chuva, o tempo parece ainda mais precioso. Os carinhos que surgem de forma não programada, os acasos felizes e jantares a dois, são brisas do mar. Mas raras. Brisas raras (há uma música assim, não há?). Por isso, os casais devem ser capazes de programar. Programar momentos a dois, jantares ou passeios, finais de tarde ou pequenos-almoços. Só o ato de programar já é motivador. Por vezes vem a ingrata da preguiça…(re)programe-se outra vez!
Dilema 2: Andar à vontade vs Vestir aquela roupa
Chega o domingo e com ele o frio. As castanhas não estão a apetecer. O geladinho da moda também está fechado. A roupa descontraída pode e deve ser usada com aqueles que nos são mais próximos. Com aqueles com quem não temos vergonha. Mas não se pode. Vamos vestir os miúdos, mesmo que seja para passar a tarde em casa, vamos vestir-nos a nós. Vamos ficar mais bonitos e…às tantas, lá apetecem as castanhas, lá apetece a volta de fim da tarde, e enquanto eles brincam, lá se namora um bocado.
Dilema 3: Ficar calado vs Elogiar
Já se conhecem tão bem. Já disseram tanto. Já trocaram juras, cartas, sinais de fumo e tudo. Já não há elogios novos. Um olhar basta. Mas não basta. Há que colocar em palavras os sentimentos. Uma e outra vez. Até é permitido ser lamechas. É urgente elogiar a mãe em frente aos filhos, em frente aos sogros, em frente aos amigos…é urgente elogiar o pai sem ser apenas para as amigas. É urgente elogiar ao ouvido…
Dilema 4: Tabuleiro vs Refeições
Uma vez por outra, até não há problema. Suja-se menos loiça. Vamos para o sofá. Não se cozinha. Manda-se vir a refeição. Toca a sirene de alerta. Muitas vezes não temos consciência da frequência do uso do sofá para refeições. Os casais devem comer ao mesmo tempo e na mesa. E com os filhos. Se os miúdos acabarem mais cedo, depois de um bocado para partilharem o momento com os Pais, até podem levantar-se para eles terminarem sozinhos. E aí, os casais partilham as suas piadas, recuperam as suas energias, relembram o encanto mútuo. Uma refeição é muito importante para o casal e, por consequência, para os filhos.
Dilema 5: Não dar “parte fraca” vs Engolir o orgulho
Temos razão. E quando temos razão não há nada a fazer. Temos razão e pronto. Agora não vou falar. Não me vou rebaixar. Ouve a sirene? Se cada um pensar que tem razão, começa uma luta ingrata. Nesta altura à que relembrar os motivos da união. Os motivos e os sentimentos. Os alicerces. E falar. Em simultâneo é improvável…alguém deve dar o primeiro passo.
Dilema 6: A galinha da vizinha vs A nossa família
Aqueles são perfeitos. Ela é linda. Ele, lindíssimo. Não falam alto. Andam arrumados. Nós não. Nós estamos sempre a discutir. Há que olhar menos para as janelas alheias. Pelo menos se o objetivo for criticar a forma como a nossa “cara metade” educa, ou a forma como resolvemos os nossos problemas, ou a forma física do nosso parceiro…
Dilema 7: Trabalho vs Ir para a cama
Mais um email. Mais uma linha, mais…desculpem, mas acho que eu hoje vou ficar por aqui…
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A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.