“Neste dia dos namorados gostava de segurar uma expressão tua na hora de me veres chegar e fazer uma tela só com ela.”
Neste dia dos namorados…
Gostava de me sentar com uma pilha de fotos à volta e fazer um quadro só com fotos tuas.
Tuas, que dizer, nossas!
Não é fácil encontrar só fotos tuas. O tempo já nos traz entrelaçados há muito.
Gostava de reunir as cartas que me escreveste e colocar num livro. Mas as cartas de quando namorávamos já estão recicladas em sms “fofinhos”.
Gostava de te poder mostrar como és com os teus filhos. Linda!
Teus, quer dizer, nossos.
Essa multiplicidade de papéis que as mulheres têm, essa dificuldade que alguns homens têm de se envolver de igual para igual na batalha da roupa, do pó, da organização, das gavetas…
Ai como eu sofro por ser mau no tema “gavetas”…
Gostava de segurar uma expressão tua na hora de me veres chegar e fazer uma tela só com ela. Mais tarde, quando as rugas chegaram, será que a expressão perde a magia?A paciência, a dedicação aos miúdos, gostava de a ter em forma de uma pequena pintura numa moldura perpétua. Será que a paciência vai-se desvanecer?
Se tivesse acesso aos três desejos, usava um para proteger a tua força. A tua ausência de cansaço, fruto do significado que colocas na vida.
Será que essa força se vai eclipsar?
Nem perder, nem desvanecer, nem eclipsar. Enquanto dermos sonhos, gestos, calor e boa malícia ao amor, serás cada vez melhor mulher, melhor mãe, melhor tudo.
Serás, e não só, seremos juntos, melhor tudo.
Já ouço a Maria a acordar, vou lá eu.
Chega de textos. Por agora.
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