Falas ao teu filho dos teus segredos, dos teus sentimentos, dos teus sonhos?
Falas com ele, olhos nos olhos, sobre como te sentes, como te queres sentir e o que fazes para que as coisas aconteçam? Transmites, de facto, as tuas emoções ou escondes-te atrás de um escudo que não só não vos protege, como vos afasta ainda mais?
Não esperes que ele faça o mesmo se não deres o primeiro passo, o primeiro gesto, o primeiro exemplo.
Não esperes que ele te venha dar um abraço, se não o ensinaste a receber primeiro. Não esperes, aliás, por nada.
Sê livre e espontânea, verdadeira, como és, pois só assim ele te irá conhecer realmente e amar-te pelo que és.
Não te escondas nas palavras, ditados antigos, dicas de livros ou estudos comprovados. Verbaliza o que sentes. Não deixes de ser a pessoa que és apenas porque te tornaste mãe. Se queres chorar, chora, mas primeiro, fala com ele. Ele é pequeno mas entende, mesmo que não o saiba demonstrar. Não guardes remorsos, culpa ou dor.
Explica-lhe as coisas. Ele é ingénuo mas sabe mais do que tu pensas. Abre a janela da tua mente e deixa a liberdade entrar, não a feches em ti pelos outros. Queres saltar com ele nas poças, salta. Não te importes se te julgam por isso… provavelmente quem te julga gostaria de ter metade da tua franqueza.
Fomos feitos para crescer, mas há muito em nós que precisamos de manter! Ser criança ensina-nos tanto. E nós ensinamos mais quando somos nós próprios, de verdade.
(Carta a mim própria quando me desvio daquilo em que acredito)
Por Mafalda | Meia Lua
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