
Lembro-me como se fosse hoje daquele primeiro momento, do primeiro choro e da sensação que tive quando me tiraram o S. da barriga.
O momento em que passei assumidamente a ser Mãe, aquele em que cruzámos o olhar, os primeiros minutos da vida dele e os meus enquanto uma nova pessoa.O amor pelo S. começou assim que soube que estava grávida e foi aumentando todos os dias.
Lembro-me daquele momento em que soube que era um menino, do momento a partir do qual o meu filho deixou de se chamar “bebé” e passou a chamar-se Salvador.
Lembro-me dos pontapés na barriga, dos meses que passamos juntos num só corpo e dessa preparação para o papel mais importante da nossa vida enquanto mulheres: ser Mãe.
Lembro-me de repetir todas estas sensações quando engravidei da C., da alegria e da bênção de ter exatamente aquilo que queria, primeiro um menino e depois uma menina.
Lembro-me que o amor pelos dois não se dividiu, mas em vez disso mais do que duplicou, lembro-me da felicidade que senti quando também a C. nasceu e passei a ser mãe de dois em vez de um.
Agora que sou mãe há quase 6 anos e que espero o meu terceiro filho, sinto-me ainda mais feliz. Sei que este bebé vai multiplicar a minha felicidade enquanto Mãe, e a nossa enquanto família.
Sinto menos dúvidas e mais certezas, mas ainda assim, tudo continua a ser fascinante e o amor por este terceiro filho cresce a cada dia que passa.
Não me considero uma mãe perfeita nem é isso que desejo.
Quero ser uma mãe autêntica, uma mãe que ama incondicionalmente as suas crianças, uma mãe que ouve, respeita, que educa, que põe de castigo quando é preciso, que lhes dá beijinhos e abraços só porque sim e que lhes diz ao ouvido “gosto muito de si”.
Uma mãe que sabe que não é perfeita mas que não mudaria nada mesmo que pudesse.
Porque ser Mãe é errar e aprender com os erros, é crescer também a cada dia que passa com as conquistas dos nossos filhos, é querer ser melhor e uma inspiração para eles quando crescerem.
Por isso, quando me perguntaram há uns dias o que eu mudaria enquanto Mãe, se pudesse voltar a trás, eu respondi
“sinceramente, nada”.
Por Filipa Cortez Faria,
para Up To Lisbon Kids
Fotografia de capa @shot fotografia
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