“Tu é que sabes” não é resposta, pedir “um tempo” não é um direito e dizer “então oh desaparecida..?”, não te dá livre acesso para voltar. Estas são algumas das atitudes dos indecisos que, além de precisarem da aprovação dos outros para tomarem decisões, brincam com os sentimentos alheios como quem joga consola.
Vizinhos barulhentos são irritantes, gente fútil mais ainda, mas gente indecisa supera tudo que há no universo! Não me refiro às que não conseguem escolher um restaurante, ou as que vestem mil outfits antes de sair. Refiro-me às que usam e abusam do amor e da paciência dos outros para beneficiarem da vida de solteiro.
“Gosto de ti”, mas não estou pronto para uma relação. “És perfeito”, mas não estou preparada para assumir nada. “Vamos dar um tempo e deixar que a saudade decida por nós”. Por favor, chega! Vamos por os pontos nos is: a tua vida não está nas mãos de ninguém. Se o outro é indeciso, tu não tens de ser.
As pessoas indecisas são imaturas, inseguras e chatas! Não querem assumir compromissos mas também não querem que o outro seja livre. A verdade é que querem o melhor dos dois mundos: a liberdade de estar solteiro com o comodismo em ter alguém quando quiserem.
Confesso que estas pessoas me assustam. Gosto de objetividade, de mensagens diretas, decisões certeiras. Não sei lidar com a indecisão alheia.
Pessoas com vontade própria e determinadas fascinam-me. Mas pessoas que estão sempre em cima do muro, que não conseguem decidir o que é que querem para as suas próprias vidas, imagina o que farão com as dos outros.
Desde muito cedo aprendemos a tomar decisões que envolvem renúncias (o que, talvez, explique o facto de tanta gente ter medo dela).
Decidimos o nosso curso e faculdade, o emprego, a cidade onde vamos viver, se vamos casar, se vamos ter filhos…e assim por diante. Mas, quando as decisões envolvem os sentimentos alheios, a história é diferente. Se é difícil tomar uma decisão, imagina gramar com um “eu gosto de ti, mas…”
Não dá para manter um relacionamento com uma pessoa que desaparece sempre que alguém pergunta quando é que se vão casar. Não dá para ser o porto seguro de quem não sabe se ama ou se está carente. Não dá para manter por perto quem não se comprometeu a voltar amanhã. A tua vida é importante demais para que uma pessoa indecisa dite as regras.
Deixa-o(a) ir.
A decisão em partir ou não pode ser do outro, mas aceitar de volta e aceitar desculpas esfarrapadas é uma decisão SÓ tua.
Por Pamela Camocardi em ObviouseMag, adapatado por Up To Kids®
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