Os meu dias são uma correria constante. Chego a ficar confusa com a agitação diária, as voltas e contra voltas que dou.
Usufruir do direito de escolha entre parar e cumprir deveres, parece ter-se tornado uma decisão difícil. E quanto maior a entrega, maior se torna a exigência.
Sou extremamente obcecada por cumprir os compromissos, os tempos, as regras. Por cumprir as tarefas de mãe ao mínimo detalhe, sempre numa entrega emotiva e de coração.
O corpo sente-se cansado e acaba por ceder. Nós, mães, esquecemos que temos limites e que como as restantes pessoas precisamos pausas. E dentro das pausas temos o direito de escolher o tempo que desejamos para nós.
Sou Mãe, preciso pausas!
Gosto de me sentar em frente do ecrã do computador a escrever. Descrever o que sinto de forma livre e pessoal.
Gosto de correr para o mar e sentar-me no silêncio a ouvir o bater das ondas e o vai e vem da maré.
Gosto de dançar. Deixar a música entrar no corpo e libertar toxinas.
Exijo-me que crie pausas, na eminencia de entrar num precipício…
Saí de casa à procura da dança e encontrei-a na ingenuidade de um grupo de jovens que dançavam com gosto, e no meio delas fiquei durante duas horas a sentir a música e a dançar os passos que desconhecia e que com alguma facilidade acompanhei.
Pensei, na sorte que estas jovens têm de dançar! Vivi anos a querer dançar sem ter essa possibilidade… Foi como se o corpo tivesse ficado fechado num baú com os movimentos presos e a minha alma sem melodia.
A dança é o escape que o corpo procura para o que fica guardado dentro de nós quando diariamente lidamos com pessoas e acontecimentos que nos fazem controlar as emoções.
Dançar é esquecer o mundo e entrar noutra esfera pessoal onde o eu encontra a sua essencia.
Aproveita a vida e encontra a tua pausa! Tu mereces e precisas.
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Por favor, alguém carregue na pausa!
As mães também têm direito a escapadinhas
imagem@joy