
10 coisas que pensava ser culpa dos pais até eu ter filhos
10 coisas que pensava ser culpa dos pais até eu ter filhos
Antes de ter filhos acreditava que quando as crianças se portavam mal, ou eram mal criadas, ou faziam coisas nojentas, havia qualquer coisa em casa que não funcionava bem. Obviamente os pais não sabiam educar uma criança. Sempre achei que era culpa dos pais. (Posso voltar atrás no tempo e esbofetear-me?)
Agora eu sei que, provavelmente, eram crianças comuns e os seus pais estavam tão chocados como eu com o comportamento deles. Porque independentemente da educação que damos há coisas que as crianças fazem.
1.BIRRAS
O que é que me fez pensar que é possível calar uma criança a meio de uma birra? É como tentar parar um comboio. Um comboio barulhento. Um comboio barulhento, descontrolado e desenfreado que vem na nossa direção, e tudo o que podemos fazer é atirar-nos para os trilhos para o tentar parar. Podes tentar falar calmamente, devagar, mas… é um comboio descontrolado! Boa sorte!
2. LAMENTAR-SE
Eu já disse aos meus filhos 5387 827 vezes – “Eu não percebo nada quando falas assim” mas eles continuam. A sério, as crianças não falam assim porque resulta. Eles falam assim porque gostam do som da sua voz a lamentar-se. E por causa do Ruca.
3. NÃO RESPONDER
Não dar resposta, pura e simplesmente, quando alguém fala com eles. Dois dos meus filhos não respondiam às pessoas, apesar das inúmeras conversas que tive com eles sobre o facto de isso ser falta de educação (consideração, respeito etc). Um deles responde na própria cabeça e nem sequer se apercebe que não o disse em voz alta. O outro não responde se não tem nada a dizer. A timidez é difícil de superar.
4. NÃO DORMIR A HORAS
O meu filho mais novo é uma coruja. Ele chega a ficar 2h30 às escuras no quarto e não dorme. A sério, 150 minutos é muito tempo. Ele fala sozinho, canta, e ocasionalmente chama-nos para dizer que não está a dormir (como se não tivéssemos percebido). É indiferente se tivemos um dia muito agitado ou não. Por mais calmas e relaxantes que sejam as rotinas de ir para a cama, ele simplesmente não adormece. É dele.
5. FALAR ALTO
Algumas crianças não têm controlo do volume. É sempre no máximo. Não precisam de estar a gritar ou a berrar. A voz delas é assim, fura o ar! Até a sussurrar é num tom muito alto. E não há nada que se possa fazer quanto a isso, senão amordaça-las.
6. MENTIR
Um dos meus filhos é naturalmente honesto. Eu também era assim em criança, lembro-me de mentir à minha mãe uma vez e ainda me sinto mal por isso. Mas os outros dois já foram aos Globos de Ouro dos putos aldrabões, apesar de falarmos com eles e lhe tentarmos ensinar a importância de ser honesto desde muito cedo.
Eu nem queria acreditar a primeira vez que um dos meus filhos me mentiu descaradamente. Como é que ele pode? Dizem que é sinal de inteligência! Claro, vamos entrar na onda. Sempre é melhor do que o pensamento “O meu filho é um sociopata”
7. TIRAR MACACOS DO NARIZ
Todos os miúdos que conheço o fazem. Em casa ou em público. Normalmente passará com a idade, mas até lá é uma batalha diária, que por vezes dura meses. Às vezes vejo-os ali sentados simplesmente com o dedo enfiado pelo nariz adentro. Nem sequer o mexem. É só nojento.
9. NÃO LAVAR AOS MÃOS DEPOIS DE IR À CASA DE BANHO
Lavar as mãos fazia parte da rotina de treino para tirar fralda: íamos à casa de banho, cantávamos o abc, falávamos sobre germes e lavávamos as mãos.
E mesmo assim, levou uns seis ou sete anos até que se habituassem a lavar as mãos quando começaram a ir sozinhos à casa de banho. E eu tornei-me numa mestra em cheirar mãos de crianças!
10. MASTIGAR COM A BOCA ABERTA
CHOMP, CHOMP.
-Mastiga com a boca fechada, sff
10 segundos depois.
(continua) CHOMP, CHOMP.
-Querida, mastiga com a boca fechada, sff.
10 segundos depois.
CHOMP, CHOMP, CHOMP.
-Princesa, não comas de boca aberta!
10 segundos depois.
CHOMP. CHOMP.
-A sério, já te pedi para não mastigares de boca aberta. E se vais a casa de alguém, mastigas assim?
-Eu não como assim na casa das outras pessoas.
(Olhar vazio)
-Bem, então também não comes assim cá em casa, entendido?
10 segundos depois.
CHOMP. CHOMP.
É como falar para uma parede.
10. TODA AS OUTRAS COISAS NOJENTAS
Estávamos em casa de uns amigos no outro dia, e encontrei em cima do balcão da cozinha as meias sujas do meu filho. Meias sujas do MEU filho. No balcão de cozinha. Na casa dos meus amigos. Não era do meu filho mais novo, mas sim do meu filho com mais-de-dez-anos-e-que-já-deveria-ter-juízo. Eu nem sabia o que fazer com aquilo.
Imaginem um miúdo de uma família super simpática, com uns pais ótimos a fazer xixi na escova de dentes do irmão. Sim, isso aconteceu mesmo.
O nosso filho de 5 anos, no ano passado, basicamente lambeu a Disney world de uma ponta à outra. Tive de lhe dizer repetidamente para tirar a boca de todos os corrimãos que passávamos. Eu nem sequer sou germafóbica, mas juro que cheguei a ficar mal disposta com aquilo.
Tantas. Coisas. Nojentas.
Ensinamos aos nossos filhos estas coisas?
Não.
Eles aprendem com outras pessoas?
Talvez.
Nós damos o tudo-por-tudo para ensiná-los bem?
Sim!
Será que resulta sempre?
Claro que não.
Há uma razão para se demorar 18 anos (ou mais) a criar seres humanos responsáveis, sociavelmente adaptados e 100% asseados.
Vamos cruzar os dedos!
Por Annier Reneau para Scary Mommy,
traduzido e adaptado por Up To Kids®
Todos os direitos reservados
Nota: Todos os textos traduzidos, adaptados e publicados pela Up To Kids® têm a a autorização do autor e/ou foram comprados os direitos dos mesmos.
imagem capa@dollarphotoclub
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Fantástico!
Simplesmente adorei o texto relata tal e qual a versao da minha avó q dizia:
°Tenho 6 filhos dei a mesma educação a todos mas cada um tomou a q quiz°
Adorei o texto. Além de real, dito deste modo, torna-se tb cómico. Mas sou das que acredita na educação e não há volta a dar! Depois, é uma questão de paciência…há que dar tempo ao tempo: os frutos não amadurecem todos ao mesmo tempo…Contudo, não há dúvida, por vezes, sentimo-nos mesmo injustiçadas, gozadas, desautorizadas, ignoradas, inaudíveis, etc, etc!!! Vai-se aprendendo a saber lidar com isso; a bem da educação dos nossos filhos!
Oh pá! Parabéns! Obrigada por terem publicado o texto e parabéns sinceros à autora… até que enfim um texto realista que nos faz sentir mães e não umas inúteis fracassadas!
Ainda estou a chorar, de tanto rir…
Tenho um menino de 11 meses, não sei o que o futuro me reserva… mas na minha opinião nunca se está preparada para todas essas birras.
Por enquanto estamos na fase dos gritos, de enlouquecer!
Ainda estou a chorar, de tanto rir…
Tenho um menino de 11 meses, não sei o que o futuro me reserva… mas na minha opinião nunca se está preparada para todas essas birras.
Por enqua
Adorei! nós estamos na fase das birras!!!! nem sabemos aonde, como e quando aprendeu a gritar, mas ela é uma mestre nisso! ahaha qual será a próxima fase? acho que não quero saber!
Adorei o texto. Mais verdadeiro era impossível. A vida é isto mesmo. Faz parte!!
Realmente nunca se pode dizer que a educação está completa e a 100% OK. Tive 3 filhos, agora 13 netos com idades compreendidas entre 1 mês e 17 anos de idade e que são muito amigos entre si mas completamente diferentes. Agora, referindo-me aos netos: há uns que quando entram na nossa casa ou vice-versa, independentemente da idade, vêm a correr para nós com uma enorme exuberância como se não os vissemos há mais de um mês (moramos todos na mesma cidade). Outros, se estão a ver televisão ou entretidos com aqueles joguinhos dos gadgets nem sequer olham para nós. Vamos dar um beijinho e ficam-se por ali. Outros estão a ver um filme interessante, fazem “pause”, cumprimentam com um abraço, deixam passar 5 minutos e continuam. Connosco não fazem birras e portam-se de uma forma muito educada. O ponto alto dos nossos convívios são sempre as horas das refeições ou dos lanches em que estamos todos à volta da mesa e há oportunidade para se trocarem impressões mas isso também acontecia já quando tinhamos filhos em casa. Aliás, os nossos filhos, até aos vinte anos, levavam muitos amigos para nossa casa e, ao serão num ou outro fim de semana jogávamos o Trivial Pursuit e outros jogos em “moda” na época e era bem divertido. Ainda mantemos, através dos nossos filhos, contactos com alguns deles. Acabaram por nos ligar laços de amizade e afectividade. No Carnaval a nossa casa era o “quartel-general” para as amigas das nossas filhas se mascararem para as festas noturnas. Eu colaborava, ajudando nas maquilhagens e fotografando os modelos na sua forma final. Era bem divertido. Depois lá saiam um grupinho delas, todas animadas, para brincar ao Carnaval. Se me perguntarem se na nossa vida não tivemos “cenas” caricatas, tristes, episódios hilariantes, momentos angustiantes até tivemos mas, com o tempo, tudo isso fica desvanecido porque o que interessa agora é mesmo o presente e pensarmos qual será o nosso melhor contributo para ajudar os nossos netos a serem pessoas que se sintam bem na sua pele – enfim, pessoas com bom fundo, amigos de ajudar o próximo e serem pessoas equilibradas e com um sentido de bom senso (isto já para os mais velhos, claro)! Gostei muito de ler este artigo que retrata a vida atribulada do quotidiano de uma família. Esta é a realidade. Não uma excepção e ainda bem que assim é!!!! É bom sinal!
Muito bem escrito, com sentido de humor e completamente verdade! Só que aos 18 anos ainda muita coisa não mudou! Acabaram alguns disparates, mas começam outros com outras dimensões! Só acalmam lá para depois dos 25! Tenho um com 27 e outro com 33 anos… 🙂
Reblogged this on O Retiro do Sossego and commented:
Delicioso! Ri-me a bom rir com a descrição das coisas que os miúdos fazem! E ri-me, por que estou de fora, e, tudo aquilo que uma criança faz, a mim particularmente, faz-me rir. São crianças criando a sua própria personalidade. Obrigado amiga, por este belo momento.
Olá,
O que eu me ri com este texto, sou mãe de 2 raparigas, uma com 20 anos e outra com 4 anos, são água e vinho, a minha mais velha deu pouco trabalho sossegada meiga e muito responsável desde pequenita, agora a mais nova é o oposto da irmã, mexida, sempre com a resposta na ponta da língua, etc, etc. muito obrigada pelo texto maravilhoso. beijos