Bem vindos aos anos 80/90

20 coisas que os meus filhos nunca vão perceber. Bem vindos aos anos 80/90!

Os anos 80/90

20 coisas que os meus filhos nunca vão perceber. Bem vindos aos anos 80/90!

Quando era mais nova lembro-me dos meus pais me contarem episódios que começavam com “No meu tempo…” Cheirava-me logo a anos 40/50, a histórias longínquas e desatualizadas, com o encanto de imaginar o meu pai com 6 anos, em África, a brincar na rua, tal como via na fotografia na sala de nossa casa. Parecia que, da infância deles à nossa, tinham ficado centenas de histórias por contar.

Hoje, dou por mim a começar frases da mesma maneira. “No meu tempo…”

Os meus filhos gostam de saber.

Com os olhos a brilhar tentam adivinhar o que vou eu contar: serão aventuras como andar de bicicleta sem que ninguém soubesse do nosso paradeiro, ou serão coisas que me passam pela cabeça como “Menina, que polos conhece? – Polo Norte, Polo Sul e Polilon!”. 1, 2, 3, diga lá outra vez: de onde vem esta famosa frase?

 

A pensar nestas conversas, resolvi compilar 20 coisas que os meus filhos nunca vão perceber… Bem vindos aos anos 80/90!

1.A Televisão era a preto e branco.

Só tinha dois canais, e o mais parecido com controlo remoto para os nossos pais éramos nós: “Vai lá ver o que está a dar no 2”. Não existia zapping, e se algum visionário se lembrasse de alternar entre canais fazia, quando muito, ping pong.

Mais tarde um asterisco que piscava no canto do ecrã indicava que estava a começar um programa no outro canal.

2. Fazer viagens Lisboa-Algarve pela Estrada Nacional.

Sem cintos atrás, e ficar horas no trânsito com temperaturas a roçar os 40 graus, sem ar-condicionado. Era tão anos 80. A paragem obrigatória era em Canal Caveira ou Mimosa e não era para fumar um cigarro. Os cigarros fumavam-se dentro do carro, ao longo da viagem. Para os mais novos, cigarros de chocolate para agarrar entre dedos e ir comendo, powered by “próprios pais”.

3. TV a cores e Eurovisão

Assistir pela primeira vez ao festival da canção numa televisão a cores com toda a família e os amigos dos pais.

Sim, marcavam-se convívios para viver momentos especiais, e este foi um deles.

4. A mira da televisão antes de abrir a emissão

Acordar ao sábado de manhã para ver bonecos animados, e o desapontamento de ficar 1h a olhar para a mira da RTP porque a emissão ainda não tinha começado.

A excitação do início da emissão era tanta que até dançávamos ao som da orquestra de abertura (Este video é mais antigo, mas não arranjei com a mira dos anos 80, gozem só a orquestra).



 

Falar ao telefone sem poder sair do mesmo sítio e enrolar o dedo à volta do fio durante a conversa.

Quando a ligação não estava boa, trocávamos o telefone de orelha. Quando queríamos telefonar para casa de um amigo, tínhamos de saber falar ao telefone: cumprimentar, identificarmo-nos, e perguntar, “A Ana está?” ou “Posso falar com a Ana?”

5. Coleções de tudo e de nada.

Colecionar borrachas com cheirinho, folhas queridas, caricas, berlindes, latas de bebida, ou pedras.

Bem vindos aos anos 80

6. Querer telefonar para os amigos e ter um cadeado no telefone.

Sim, já nos bloqueavam o teclado na altura, o método é que era um bocadinho diferente.Bem vindos aos anos 80

7. Para brincar bastava termos vontade.

Éramos pequenos Macgyver a improvisar brinquedos: fazíamos fisgas, cabanas, e arcos e flechas. Com pedras jogávamos à mosca, com um canivete (ups!) jogávamos ao mundo, com um elástico ou uma corda saltava-se. Com um fio fazíamos manobras de mãos e jogávamos ao pé de galo. Fazíamos 3 covas e jogávamos Bilas ou Guelas. Só tínhamos de decidir se valia palmo-e-ganso ou não.

Éramos incansáveis.

Sabíamos que os presentes se recebiam nos anos e no natal, e vivíamos bem com isso. A moeda que a Fada dos dentes deixava dava para comprar pastilhas Gorila, e era fantástico! (Até porque, também, colecionávamos os cromos dos aviões)

Bem vindos aos anos 80

8. Saber esperar

Marcar encontros no cinema ou no café sabendo que não haveria hipótese de desmarcar caso surgisse um imprevisto. Esperávamos até que o outro aparecesse. Às vezes, quando o atraso era grande, íamos a um café ligar para casa:  “Quanto é que é cada impulso para chamada local?” – “Dois e quinhentos”. Nessa altura falávamos em escudos.

9. Assistir ao telejornal até ao fim, para ver as sessões de cinema que passava logo de seguida.

10. Load ” ” Enter.

Rezar que o jogo “entre”. Quando caía, afinava-se um parafuso no gravador e tentava-se novamente. Depois esperávamos uns 2 a 5 minutos para descarregar o jogo, numa espécie de hipnose provocada pelas riscas e sons que eram produzidos na televisão.


Poder jogar Pacman em casa… e depois Mrs. Pacman.

11. Ter uns headphones da Sony amarelos e rebobinar as cassetes com uma caneta bic para não gastar pilha.

11. Revelar fotografias

Pôr as fotografias das férias finalmente a revelar, esperar uma semana para levantar, pagar os olhos da cara, e não haver uma foto que se aproveitasse. O rolo tinha a “asa” errada e ficou com muita ou com pouca luz. Ou simplesmente abrimos a tampa antes de rebobinar, e ficou todo queimado!

12. Gravar musicas da rádio

Esperar ansiosamente que passe a música preferida no rádio para pôr a gravar, e alguém falar a meio. Ou estar a gravar uma música e a cassete acabar: virar rapidamente para o outro lado, pôr no Rec e apanhar a parte branca da fita até ao fim da música.

13. Linhas cruzadas

Arranjar uma extensão de telefone gigante para conseguires falar com alguma privacidade. Estar ao telefone e ouvir um “arfar” na linha. Alguém em tua casa estava a ouvir a conversa no outro telefone (Esta para eles parece muito à frente!)

14. Trabalhos escolares (Calma, os TPC já existiam nos anos 80, só davam um bocadinho mais de trabalho a realizar)

Fazer um trabalho de pesquisa, para a escola, na biblioteca. Ter de consultar vários livros, e criar a apresentação em acetatos! (Graças a Deus já existia o retro-projetor!)

15. Videoclubes sem ser on-line

Esperar meses para que aquele filme que perdemos no cinema chegasse ao clube de vídeo. Conseguir alugá-lo ao fim de duas semanas esgotado, chegar a casa ansioso para ver, e a fita não estar rebobinada!
Ou gravar um filme no vídeo, e no dia que vamos ver… alguém gravou outro programa por cima.

16. Passar bilhetinhos nas salas de aula.

17. A primeira ligação à internet.

Aproveitar a extensão do cabo de telefone para fazer a ligação à internet no computador. O som que a internet fazia a ligar. O tempo que a internet demorava a ligar. A meio alguém resolvia fazer um telefonema, e adeus internet.

18. Ver a astrologia e os jogos no teletexto. (Isto já foi muito recente)teletexto

Lembra-se de todas estas coisas dos anos 80/90? De longe e de olhos vendados?

Então vamos lá experimentar, feche os olhos e descubra de que são os 8 sons que estão na seguinte gravação!

A seguir, faça o mesmo exercício com os seus filhos.

Veja quantos destes sons eles reconhecem!
Deixe o seu comentário!

Pontuação Filhos:

Até 2 respostas certas | Fantástico – Já andaste a ver vídeos no youtube sobre o século passado…!
2 a 4 | Afinal quantos anos tens?
4 a 6 | Uaaaauuuuu! Com esta pontuação também te deves lembrar da “Amiga Olga”, não?
6 a 8 | Agora a sério. Pontuação dos FILHOS! Não é a dos pais. Mas boa tentativa.

 

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5 thoughts on “20 coisas que os meus filhos nunca vão perceber. Bem vindos aos anos 80/90!
  1. Não podia estar mais de acordo. Adorei reviver estas lembranças e, até certo ponto, tive até algumas saudades. Há tempo para amar e tempo para morrer mas todos os “tempos” têm o seu quê de magia. Este texto fez-me regressar ao passado, um passado feliz e traz-me boas recordações de como as coisas eram feitas, processadas e nos faziam ambicionar mais e melhor. Obrigada. Gostei muito.

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