
3 hábitos comuns que transmitem insegurança às crianças
3 hábitos comuns que transmitem insegurança às crianças
Quantas vezes olhamos para as crianças e pensamos: mas afinal porque é que se sente inseguro? Porque é que parece ficar sempre tão a medo em tudo? Parecemos não conseguir compreender como é que aquela criança que – na nossa perspetiva – parece ter tudo e uma vida protegida e simples, pode sentir-se insegura.
Segurança interna
É essencial percebermos que a insegurança interna está muito para lá de tudo aquilo que é visível e palpável. Uma criança tende a ficar insegura à medida que no seu dia a dia não é capacitada e não encontra espaço para a expressão de todo seu mundo interno.
Há três hábitos comuns que, por norma, transmitem insegurança às crianças:
1. Falta de autonomia
Ao ser autónoma, responsável por si própria e pelo seu bem-estar, uma criança desenvolve a sua segurança interna e consolida a sua capacidade de reagir em tempo real perante os imprevistos e os desafios do dia a dia. Por isso, se queremos crianças seguras de si, é essencial promover a sua autonomia desde a infância. Começa por pequenas tarefas diárias como alimentar-se, cuidar dos seus brinquedos ou da sua mochila da escola, por exemplo.
2. Regras e rotinas pouco definidas
Se, por um lado, as crianças têm por hábito procurar fugir às regras, por outro lado, são as regras que lhe dão a estrutura, estabilidade e robustez que precisam para se desenvolverem e consolidarem a sua segurança interna. Assim, é essencial que as crianças tenham regras definidas e claras quanto àquilo que são as exigências dos pais e as suas responsabilidades. Da mesma forma, a existências de rotinas que unam os dias entre si e as tarefas diárias básicas, permite às crianças a sensação de previsibilidade que, naturalmente, as faz crescer mais tranquilas e seguras de si.
3. Incapacidade de lidar com as emoções
Muitas vezes, as crianças acabam por crescer sem aprender a lidar com tudo aquilo que sentem e, à medida que o fazem, acabam por deixar de lado as suas emoções e não se tornam capazes de as identificar, expressar e gerir.
Quando isto acontece, e porque uma criança está permanentemente inundada de emoções, torna-se muito difícil sentir-se segura de si. Desta forma, é essencial que as crianças sintam espaço para se expressar emocionalmente e que, de forma proativa, os adultos à sua volta as ajudem a desenvolver a sua capacidade de lidar com todas as suas emoções.
É muito importante que tenhamos presente que para uma criança se sentir segura e capaz de enfrentar os desafios do seu dia a dia, precisa que, ao longo do seu crescimento, os adultos à sua volta se alinhem com uma estrutura definida que promova:
- a autonomia;
- as regras;
- a inteligência emocional.
Só assim, uma criança tem um ambiente favorável a um crescimento saudável e ao desenvolvimento da sua segurança interna.
Por Cátia Lopo & Sara Almeida, Psicólogas Clínicas
No mundo infantil, a Escola do Sentir prima e anseia por uma educação holística, focada na criança/adolescente, alicerçada numa intervenção com pais e numa forte vertente de intervenção social e comunitária.
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