5 coisas sobre educar que aprendi com a minha mãe

5 coisas sobre educar que aprendi com a minha mãe

5 coisas sobre educar que aprendi com a minha mãe ou 5 coisas que os “paraquedistas” que a minha mãe fazia me ensinaram sobre Educar

1- Educar é um processo que exige disponibilidade e paciência.

A minha mãe fazia-me pára-quedas. Sim, era um brinquedo fantástico. Sacos de plástico cortados a preceito, linha, muita linha…e paciência, muita paciência. Faz, desfaz, monta, desmonta…”Óh mãe, não deu…”.

2 – Educar é equilíbrio

Educar é permitir a participação da Criança num jogo de fino equilíbrio entre o “consegue sozinho, mas com esforço” e o “não vai mesmo conseguir, precisa de ajuda”. Nem sempre é fácil descobrir esse equilíbrio, mas vale a pena estarmos atentos a ele.

Jogados janela abaixo, lá iam eles. Quando eu ajudava mais intensamente a colar as linhas, era comum eles nem abrirem. E pumba! Cai no chão estatelado, o boneco (geralmente um tropinha de plástico), ficava perdido até ser resgatado. Não era porque eu não era perfeito que a minha mãe não me deixava participar!

3 – A Felicidade tem características muito especiais

Uma delas é que parece fugir a quem mais anda à procura. Talvez porque ela não chega, não é? É um processo. O papel de um Pai que tenta o seu melhor, não deverá ser estar obcecado com a felicidade dos filhos (repara que, desta vez, usei letra minúscula na palavra Felicidade”). Pensa nisto. Se é moda (fazer tudo, tudo, tudo, para que os filhos estejam sempre “felizes”), abandona a moda.

Pensa bem. A cozinha era onde estava a linha de montagem. O ambiente era propício à criatividade, mas mesmo assim, por vezes, eu aborrecia-me. E não havia mal nenhum…

4 – Ao contrário do meu brinquedo de infância, os filhos saudáveis não estarão presos.

Claro que podemos falar numa ligação, mas não numa prisão. Há dias, a minha filha mais nova veio de uma temporada na casa dos avós. Teve saudades. Mas esteve solta. E sentimos saudades. Mas sentimos que está a crescer. Eles (os meus filhos), têm a sorte de ter a casa de uns avós fantásticos para irem treinando os voos. Eu também tinha.

Usávamos uma corda para prender nos paraquedistas. Para que não se perdessem. Podíamos puxar quando caíam lá em baixo. Mas nada chegava à magia dos que eram jogados assim mesmo, sem corda alguma, ao sabor do vento.

5 – Educar é descobrir a importância da relação, dos pormenores e do processo.

O tempo que passávamos (eu e a minha mãe), de volta daquela brincadeira, tinha tudo: – A importância da relação – A importância das pequenas coisas – A importância do esforço, do processo, em detrimento do resultado Educar é complexo, mas o sucesso deixa pistas. As pessoas Felizes deixam pistas. Usa o teu coração para escutares o que se passa. Não precisas de gurus nem de ler muitos livros. Precisas de te conhecer. E quem sabe, precisas de arranjar os teus próprios paraquedistas… mas aposto que já os tens.

Gosto de iniciativas “sem tretas” e com alma. Como a Up to Kids, por exemplo.

A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.

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