
7 erros mais frequentes na educação da criança
7 erros mais frequentes na educação da criança
Primeiro somos solteiros.
Felizes descomprometidos à procura do amor eterno. Depois apaixonamo-nos e a vida é bela. Tudo acontece em slowmotion, e as emoções a dois são vividas com intensidade. Crescemos e a vontade de ter um filho, uma prova do amor que nos une, aumenta de dia para dia.
Fazemos um teste de gravidez. Deu positivo.
A seguir quando damos por nós já temos um pé de feijão a brotar na janela da cozinha, brinquedos espalhados na banheira e festas de anos infantis fim-de-semana sim, fim-de-semana também.
O tempo passou à velocidade de um fósforo e não houve tempo para planear o dia a dia na educação dos nossos filhos da forma que sempre pensamos vir a fazer. Claro que decisões foram pensadas e tomadas de acordo com o decidido. Mas são as pequenas coisas que farão toda a diferença. E aqui, já todos erramos e já todos nos arrependemos.
Para estarmos um pouco mais atentos, aqui ficam os 7 erros mais frequentes na educação da criança:
1.Uso excessivo desnecessário do “não”
-Não comas com a boca aberta, não chateies o teu irmão, não desarrumes o quarto… Estes são só alguns dos exemplos das frases que repetimos diariamente aos nossos filhos. O uso excessivo da negativa não é benéfico em nada. Peça-lhes para fazer o que considera correto: – Quando acabares de brincar, arruma o quarto. Reforce os comportamentos positivos, e elogie sempre que for adequado. Aplique a força do Não para o que é mesmo necessário, o que quer que os seus filhos retenham como algo a não fazer: – Não metas os dedos na tomada!
2. Elogiar sempre o seu filho
Incentivar e apoiar as atitudes de uma criança parece um caminho 100% seguro para garantir autoestima em alta. O problema é que o exagero pode levar a um efeito exatamente contrário. – Até os anos 70 não havia uma preocupação nítida com essa questão da autoestima dos filhos. “Quando se começa a falar mais sobre isso, vem o exagero. Os pais começaram a elogiar qualquer coisa, mesmo que banal”, refere Tania Zagury, mestre em educação e autora do livro Filhos: manual de instruções. A autora defende que encorajar e parabenizar um filho deve fazer parte da rotina da família, desde que os pais percebam que as crianças realmente se esforçaram para atingir o objetivo. Elogios excessivos e falta de encorajamento são dois extremos perigosos. O ideal é cada família encontrar o seu equilíbrio.
3. Superproteção
Proteger os filhos exageradamente impede que eles aprendam a lidar com as adversidades que encontrarão na vida adulta. As crianças têm de ser preparadas para serem autónomas e auto-suficientes, e para isso é necessário deixa-los correr determinados riscos, e cometer alguns erros. Se é um pai/mãe demasiado nervoso, tente relaxar e abstrair-se um pouco pois o nervosismo é transmitido à criança tornando-se ela, também, um adulto nervoso e inseguro.
4. Facilitismos
Querer tirar todas a pedras do caminho dos seus filhos, é legítimo. Fazê-lo, é errado. Os pais são os principais responsáveis pela construção da autoestima da criança e deixar que ela adquira confiança em si mesma e nas próprias ações é fundamental neste processo. Eles precisam que os ensine a lidar com os problemas, e não que os resolva por eles. Isso criará uma relação de dependência muito grande, que por vezes, se estende até à idade adulta.
5. Querer que eles cresçam depressa demais
Muitas vezes os pais querem que os filhos aprendam coisas que não são ainda apropriadas à idade dos mesmos. Querem que o filho seja o melhor e por isso forçam o desenvolvimento de competências avançadas para a faixa etária. As crianças precisam de tempo para brincar. Apressar o desenvolvimento é privá-la do seu tempo enquanto criança e não traz mais valias a longo prazo. Uma criança que aprenda a ler mais cedo do que as outras, não significa que será melhor nos estudos mais tarde. O ideal é deixar que a criança se desenvolva naturalmente de acordo com cada fase da vida.
6. Exigir dos filhos para enaltecer o seu ego
O sucesso dos seus filhos não reflete o seu sucesso como pai/mãe. Os pais têm tendência a sobrevalorizar o desempenho dos filhos, muitas vezes para se sentirem bem em relação ao seu desempenho como pais. Uma coisa não implica a outra: pais ausentes e desinteressados podem ter filhos exemplares e pais presentes e preocupados podem ter filhos desinteressados. Obviamente que o acompanhamento, a educação e o exemplo que lhes dá é meio caminho andado para melhorar o desempenho do seu filho. Mas de qualquer forma o mérito é sempre deles. Encarar os objetivos do seu filho como metas suas pode gerar cobranças excessivas e causar frustração. Evite esse tipo de comportamento.
7. Deixar a educação da criança/filho a cargo de terceiros – Terceirizar
Os pais têm cada vez menos tempo livre para dedicar à educação (presencial) dos filhos. Querem dar-lhes o melhor, e por isso passam muitas horas a trabalhar transformando, muitas vezes, a casa numa extensão do seu local de trabalho. Quando chegam, ou é demasiado tarde para fazer alguma coisa com os miúdos, ou estão demasiadamente cansados para brincar com os filhos.
Um efeito colateral desta indisponibilidade é a procura de artifícios e recursos para manter os filhos ocupados. A realização de atividades extra curriculares é sempre uma boa solução para os miúdos, principalmente quando gostam do que fazem. Mas não substitui de forma alguma a necessidade de passar tempo com os pais. Os pais são o alicerce de uma educação sólida e de uma autoestima fortalecida.
Invista na educação do seu filho. Invista na educação da criança.
Porque ele merece ser feliz!
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