Mudança de mentalidade: 9 mudanças importantes para educar melhor

Mudança de mentalidade: 9 mudanças importantes para educar melhor

Mudança de mentalidade: 9 mudanças importantes para educar melhor

1 – Mudança de mentalidade sobre a dificuldade Educar

Mudança de mentalidade sobre a dificuldade Educar, ajudar Crianças a crescerem e a desenvolverem as suas competências, nomeadamente as nossas Crianças (profissionalmente é diferente), não é fácil. Nem é simples. Pelo contrário. Assumir, desde cedo, que o trajeto será complexo, pode ajudar a que eduquemos com mais tranquilidade. Os desafios serão muitos. As dúvidas também.

Quando é que ficaremos descansados? Talvez nunca fiquemos descansados, nomeadamente se estivermos a tentar educar bem. Aceitar que é difícil, pode ser muito útil. Como se ouvíssemos ao fundo, a vida a dizer, como na música: “eu não lhe prometi um mar de rosas,…”.

2 – Mudança de mentalidade sobre a culpa (especialmente para quem é Pai e trabalha na Educação).

Os profissionais de educação que também são Pais, costumam ter os olhos dos outros postos nos seus comportamentos, na sua forma de exercer a parentalidade. E será que é justo? Será que têm que ser perfeitos? Não. Nem é justo, nem têm que ser perfeitos. Também aqui é necessária uma mudança de mentalidade.

Deixar de sentir culpa, porque no passado criticou a família “a” ou a família “b”. Deixarmos de sentir culpa porque já criticámos alguém. Fizemos, na altura, na posse de alguns elementos, ou seja, dos dados que tínhamos disponíveis na hora. Não conhecíamos tudo. E falámos para tentar ajudar.

3 – Mudança de mentalidade sobre a assertividade

Dizer para os filhos cumprirem uma ordem e fazer com que cumpram, não é assertividade, é pensamento mágico. E isso não funciona.

Assertividade é segurança. É dizer, com calma, com autocontrolo, quais são as regras claras e simples que estão definidas. E é perguntar, se os filhos recordam quais são as consequências lógicas, caso não cumpram. É pedir para dizerem por palavras deles quais são essas consequências. As consequências que decidimos.

Educar não é para o presente. Os filhos educados na presença de pais que agem tendencialmente com calma, são educados para o futuro.

Educar é para o futuro. Os frutos demoram. Semeie. Semeie. Estas consequências não almejam mudanças instantâneas, mas preparar para a vida.

4 – Mudança de mentalidade sobre as traquinices.

As expectativas dos Pais podem ser um vilão. Quantas vezes eu não desejei “filhos calminhos, harmoniosos, doces,…”. Talvez não seja assim…talvez não tenha que ser assim. E agora vou ter que mudar as minhas expectativas. Por vezes, eles vão fazer coisas que eu não gosto. E há coisas que eu não consigo mesmo controlar.

E agora? Agora tenho que me focar no que posso controlar: em vez de reagir de forma automática, descontrolada e descompensada, reagir de forma controlada. Como adulto que sou. Atenção! Não o vou conseguir fazer sempre, mas vou tentar fazer mais vezes. É este que deve ser o pensamento.

5 – Mudança de mentalidade sobre a comparação.

As famílias perfeitas são perfeitas na montra. São perfeitas de longe. As famílias perfeitas são perfeitas na aparência. As famílias perfeitas…não existem! Urge pararmos com o tipo de comparação que nos retira o oxigénio. A comparação que nos acabrunha. Eduquemos nós, com as nossas fontes científicas de referência. Com a nossa naturalidade. Sem comparações. As Crianças são diferentes. As vidas são diferentes. Somos todos diferentes.

6 – Mudança de mentalidade sobre as manhãs.

As manhãs não começam de manhã. As manhãs nunca são um problema. Aquele tipo de manhãs estilo: “quando um não quer e o outro filho não faz, quando a um não apetece e a outro nada convence”, não são de manhã. As manhãs começam na noite anterior! Na preparação. Na hora de deitar. E começam naqueles 10 minutos em que se acorda mais cedo, para termos tempo de qualidade até dizermos para que eles se levantem.

7 – Mudança de mentalidade sobre a rede de apoio.

As famílias com Crianças são beneficiadas com o contacto e apoio dos avós, por exemplo. Quando ele não existe, tudo é mais difícil, sim. Cabe aos Pais pararem de educar no curto prazo, no apagar de fogos e no “ordem atrás de ordem”. A Educação firme, calma, sem demasiados gritos, em autocontrolo, é para o futuro. Sem ajudas diretas, o desafio é maior. Procuremos redes de apoio. Quem é que nos pode ajudar? Sozinhos, teremos mais dificuldade.

8 – Mudança de mentalidade sobre o sofá.

Se os Pais não têm algum tempo para estarem no sofá, a culpa é deles. A não ser que os filhos tenham queimado o sofá. “Mas eu vou estar descasada com eles aos gritos?”. Por vezes, sim. Se somos demasiado reativos a todo e qualquer comportamento deles (dos filhos), eles também vão entendendo isso e vão exigindo cada vez mais (na medida das suas personalidades).

Resgatemos algum “tempo de sofá”.

9 – Mudança de mentalidade sobre o Casal.

Quem vive em casal, tem que ter vida no quatro, como se fossem namorados. Ou quase, vá. Se os Pais se sentem só amigos, algo não está bem e têm que colocar a sua mentalidade ao serviço de tentar reparar esta situação. E, além disso, têm que ser (em frente aos filhos), uma equipa. Em privado, os dois, limam arestas. Mas as Crianças não são da equipa! A equipa são os Pais. Ou, arrastando a metáfora, os Pais são “treinadores”, os putos “jogadores”.

A relação não deve ser democrática. As Crianças e Jovens não são os melhores juízes. Os Pais, alinhados, como equipa, decidem a estratégia. Se a família é equipa, os Pais são os treinadores. Eles decidem as questões de fundo. E namoram.

Gosto de iniciativas “sem tretas” e com alma. Como a Up to Kids, por exemplo.

A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.

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