
9 perigos para as crianças que temos de evitar!
9 perigos para as crianças que temos de evitar!
Num mundo feito por adultos e para adultos, as crianças têm hipóteses, às vezes, inesperadas de se magoar. A maioria de nós não está acostumada a olhar para um ambiente e ver ameaças aos pequenos, como uma televisão precariamente equilibrada, ou mesmo um balde de água.
Com as desastrosas possibilidades de uma distração dos pais, e considerando que não é possível vigiar crianças 100% do tempo, é importante saber quando é seguro virar as costas por um minuto, e quando é preciso ficar atento.
ficam aqui nove maneiras como as crianças se magoam, incluindo algumas que mesmo os pais mais conscientes jamais imaginariam que poderia trazer dano às crianças.
9. Insufláveis
São bastante populares os brinquedos insufláveis, em que várias crianças se reúnem para brincar e pular bastante. E eles também tem seus perigos. Um relatório de um pediatria apontou que aproximadamente 65.000 crianças se magoaram nestes brinquedos entre 1990 e 2010 nos Estados Unidos.
Mais da metade das crianças feridas tinham entre 6 e 12 anos, e mais de 1/3 tinha menos de 5 anos. A maior parte dos ferimentos era causada por quedas, e envolvia fraturas e entorses, geralmente nos braços e pernas.
- O conselho dos especialistas é que haja sempre um adulto para minimizar as colisões e desencorajar movimentos arriscados, como saltos mortais. Além disso, as colisões podem ser menos perigosas se todas as crianças que estão num dado momento forem de idade e peso parecidos.
8. Pilhas-botão
São pequenas, redondas e brilhantes, e o primeiro impulso da maioria das crianças é colocar na boca, tanto que cerca de 84% das emergências envolvendo crianças e baterias são com as deste tipo.
A bateria, a maioria das de alta voltagem de lítio, pode se alojar no esôfago, onde pode queimar e formar um buraco em menos de duas horas.
- Para evitar acidentes, os compartimentos de bateria podem ser tapados com fita adesiva, e as baterias extra devem ser guardadas fora do alcance dos pequenos.
7. Dermatite da cadeira automóvel (ovo)
Entre as grandes erupções que as crianças podem apresentar, um novo tipo apareceu: a dermatite de cadeirinha de automóvel, ou “ovo”. Ela geralmente aparece quando se combina temperatura alta, superfícies suadas e o material brilhante, semelhante a nylon, do “ovinho” em contato com a pele da criança.
O período em que esta dermatite costuma aparecer é entre o final da primavera e o início do outono, e pode ser vista na parte de trás das pernas, braços e cabeça do bebê. Ainda não se sabe a causa exata, talvez seja uma irritação causada pela espuma ou aos produtos retardadores de chama usados para impedir a formação de mofos.
- Uma maneira simples de evitar é colocar uma barreira, como um lençol de algodão, entre o bebê e a cadeirinha.
6. Síndrome do torniquete de cabelo
Parece incrível, mas um simples fio de cabelo pode causar um ferimento sério numa criança pequena. Não é raro encontrar fios de cabelo nas mãos das crianças menores, mas se um deles se enrolar nos dedinhos, pode cortar a circulação do mesmo. Este é um acidente assustadoramente comum.
Parece ser difícil de perceber um fio de cabelo enrolado num dedinho, ou dedo do pé, ou mesmo no pénis de um menino, os três locais onde a síndrome do torniquete de fio de cabelo é mais comum. Desconfie se você notar uma extremidade inchada e que está a ficar roxa, numa criança que chora inconsolavelmente de dor.
- O tratamento envolve a remoção do fio, para evitar danos permanentes aos tecidos.
5. Pacotes e embalagens coloridos
Os especialistas em segurança alertam que as crianças são atraídas pelas cores brilhantes e padrões das embalagens, e acabam por confundi-las com doces colocando tudo na boca.
As crianças podem sofrer de intoxicação se ingerirem coisas como detergentes, tintas, etc.
- Os sintomas mais comuns incluem vómito, tosse, asfixia e sonolência.
4. Magnéticos
Os magnéticos ou ímans, tem constituído um perigo para crianças desde há muito tempo, mas alguns objetos tais como os ímans dos frigoríficos, que são bastante atrativos para as crianças, e alguns brinquedos para adultos que são usados para aliviar o stress, são especialmente perigosos já que podem ser engolidos acidentalmente.
Engolir dois ou mais destes magnéticos pode ser perigoso pois dentro do intestino eles podem atrair-se, causando obstruções, danos a tecidos e até mesmo a morte. Desde 2008, a Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor dos EUA recebeu mais de 200 relatos destes magnéticos sendo engolidos por crianças, algumas das quais precisaram de cirurgia de emergência para evitar ferimentos potencialmente letais.
3. Escorregas
Parece seguro uma criança descer o escorrega ao colo de um adulto, mas isso aumenta as chances da criança ser levada à emergência com uma perna partida. Geralmente, o que acontece é que o calçado prende o pé da criança na borda do brinquedo, enquanto ela é arrastada adiante pela enorme inércia do adulto.
A recomendação dos especialistas é que apenas o adulto toque no escorrega. Ou então, que eles deixem as crianças escorregarem sozinhas, supervisionando ao lado.
2. Carrinhos de supermercado
A Academia Americana de Pediatria alerta que, todos os anos, mais de 23.000 crianças são levadas à sala de emergência por causa de ferimentos causados no carrinho de compras. Geralmente, os ferimentos resultam de quedas sobre superfícies duras, principalmente na cabeça e pescoço, ou ossos partidos.
O problema é que os carrinhos de compras não foram projetados para transportar crianças com segurança, e sim as compras. Acidentes podem acontecer quando a criança está pendurada do lado de fora do carrinho, de pé dentro dele, ou então quando tenta escalar para fora do carrinho.
1. TVs e móveis
A cena não é tão absurda: uma criança a subir às gavetas, estantes e móveis para alcançar um brinquedo ou mesmo a TV, com resultados às vezes fatais. Estes elementos pesados podem cair sobre a criança, ferindo-a, podendo tornar-se, por vezes, num acidente mortal.
Entre os anos 2000 e 2011, 349 americanos, 84% crianças menores de 9 anos, morreram quando TVs, móveis e outros aparelhos caíram sobre eles. O mesmo estudo estima que todo ano mais de 25.000 crianças são feridas neste tipo de acidente.
Metade dos acidentes ocorre com TVs, provavelmente porque as famílias fazem um upgrade TV plasma e leds, e colocão as TVs antigas e mais pesadas em locais sem um suporte apropriado para estabilizar seu peso e tamanho.
Em hypescience
imagens@shutterstock e net
Contamos com mais de uma centena de especialistas que produzem conteúdos na área da saúde, comportamento, educação, alimentação, parentalidade e muito mais. Acreditamos em Pais reais, com filhos reais.
Ao autor deste artigo recomendo a leitura de um livro editado pela Calouste Gulbenkian Foundation: “No Fear: Growing up in a risk averse society” do autor Tim Gill. Disponivel para download aqui: http://rethinkingchildhood.com/2015/02/09/no-fear-free-download-pdf/
Este artigo é muito superficial e inconsequente. Estes perigos apontados são, frequentemente, acessórios. São resultado de modos de vida que, por si só, são pouco saudáveis para as crianças. O melhor exemplo é o 7, a dermatite. O problema não são as cadeirinhas, mas o tempo que as crianças passam nelas sentadas. O abuso do transporte automóvel pelos pais, que acham que caminhar 15 ou 20 mns com as crianças até à escola é perder tempo, é a origem desse problema.
Aliás, o excesso de utilização do automóvel no nosso país é uma das principais causas de morte e internamento de crianças no nosso país. A forma selvagem como pais estacionam sobre passeios e passadeiras, na proximidade das escolas, coloca em perigo a vida daqueles que optam por uma forma mais saudável de ir para a escola.
Por outro lado, o sedentarismo que os pais transmitem aos filhos também é um grave problema de saúde das crianças, que apresentam hoje em dia taxas de obesidade assustadoras! Insufláveis e parques infantis vieram substituir aquilo que era normal há poucas décadas, que era as crianças poderem brincar na rua, sem maiores perigos do que uns joelhos esfolados. A criança só trepava à árvore quando ganhava destreza suficiente para tal e, embora sempre exposta a uma queda que lhe partisse um braço, essa fazia parte da sua aprendizagem.
Artigos como este contribuem para que se continue a fomentar uma cultura do medo, e instiga os pais a reforçarem as bolhas em que enclausuraram os filhos para os “proteger”. Como diz o professor Carlos Neto, “estamos a criar crianças totós”