A Felicidade secundária ou pequenos prazeres da vida
As emoções positivas que procuramos nas nossas vidas, são, algumas vezes, consideradas como “felicidade de segunda”.
A maioria das vezes são os grandes marcos (casamento, nascimento dos filhos, ganhar um prémio monetário grande,…) que referimos como “os momentos” da vida.
E pela negativa, é semelhante. Dizemos que os piores momentos são os funerais, os divórcios…
Há algo perigoso nesta consideração.
Os chamados “pequenos prazeres” têm uma grande importância!
Claro que não estou a falar dos (maus) atalhos…drogas duras, sexo à balda ou comida em exagero. No entanto, aquela refeição de sushi que nos custou a conseguir (porque trabalhámos para ter verba para a pagar), o escorrega com os sobrinhos ou filhos…o treino onde superámos a nossa marca pessoal, baseado no trabalho dos treinos passados…o encontro com o amigo ou com a amiga…as conversas louquinhas à “Gato Malhado e Sinhá” em que cada um se aplica. E se dá. Com alma.
O importante é que estes prazeres depois não tragam “mal ao mundo”, como se costuma dizer.
Sabemos distinguir.
Não estamos a fazer apologia ao hedonismo, pelo hedonismo. Estamos a elogiar o prazer que vem quando, com esforço, com empenho, fazemos algumas tarefas simples. Até podem ser sem planificação. Sem premeditação. Mas há esforço. Um esforço positivo, claro. Não é estar apenas de corpo presente. É levar a alma que referi acima.
Estas emoções positivas têm lugar na vida. Óh se têm. Olhemos para elas como uma força motriz.
Como algo que nos diferencia. Como algo que melhora o mundo.
Caminhemos então no parque (em ocasiões especiais, às vezes temos mesmo pressa) olhando para a verdade das cores.
Vivamos o afeto de um abraço (que deverá ser sempre especial) como uma experiência capaz de dizer: vale a pena viver!
Passeemos no jardim, testemunhando a nossa própria presença. Como se fôssemos o nosso próprio sol.
Usufruamos de um amigo, de um sol, de uma lua, de um segredo, de uma pequena paixão,… As pequenas experiências, serão somadas na conta da nossa felicidade. E são elas que vão levar o nosso legado a bom porto.
Oremos. A sério. Como uma roda que nos eleva. Sem frases feitas ou lugares comuns. Com fé.
Só podemos trabalhar felicidade a longo prazo, a tal realização, a passagem de testemunho, a obra e a capacidade de ajudar, se olharmos para a delicada importância das emoções positivas do dia-a-dia.
Agora, começa a chuva. Há quem use guarda-chuva. Capa.
Há investigação científica que mostra que as emoções positivas também têm efeito protetor. Com consciência, joguemos-nos então neste mar misterioso de bons e saudáveis pequenos prazeres.
Isso faz de nós (mais e melhores) humanos.
Photo by averie woodard on Unsplash
A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.