O sorriso é o primeiro comportamento social óbvio do bebé. Mas como começa esse sorriso e será ele sempre social?
Logo nos primeiros dias após o nascimento conseguimos observar certos tipos de sorrisos nos recém-nascidos. Estes sorrisos primitivos envolvem a boca e a face, mas parecem não chegar aos olhos e à fonte, parece faltar-lhes o caráter afetivo e emocional do verdadeiro sorriso. Este sorriso é espontâneo e podemo-lo observar durante o sono do bebé, ou seja, quando este não está desperto para os estímulos do mundo exterior.
Por volta da segunda semana de vida, este sorriso torna-se mais específico, verificando-se, na maior parte dos casos, na presença de pessoas.
Na terceira semana os sorrisos são mais “verdadeiros”, mas não duram tanto como os autênticos sorrisos sociais. São provocados por estímulos do mundo exterior e já não parecem espontâneos, sendo o estímulo mais efetivo o da voz feminina.
Às seis semanas, o bebé sorri ao rosto humano. Este estímulo parece ser o mais eficaz de todos os estímulos possíveis para provocar o sorriso de um bebé de seis semanas, ultrapassando já a voz.
Este grande progresso do sorriso também evolui com o desenvolvimento cognitivo do bebé, sendo que o sorriso vai indicando um prazer intelectual, um prazer em descobrir algo acerca da estrutura causal do mundo e um prazer em controlar uma parte desse mundo.
A ausência do sorriso torna-se um grande alerta em termos de avaliação do desenvolvimento emocional e cognitivo adequado do bebé. Este instrumento tão potente nas relações humanas permite-nos perceber a ligação do bebé ao mundo exterior e torna-se um veículo, entre outros, para a relação pais-bebé.
Por Marta Russo, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
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