Acredito que, por vezes, desistir é um ato de coragem
Define-te. Pediu-me.
Quero conhecer-te. Voltou a pedir-me.
Não consigo. Sei quem sou, o que quero e o que sinto, mas não consigo uma definição.
Porque em mim tenho muito e às vezes tenho nada. Porque nem sempre sei para onde vou, mas cada vez mais sei para onde não quero ir. Nem sempre estou onde quero, mas raramente estou onde não quero.
Acredito que por vezes desistir é um ato de coragem
.Tenho dias que sou cobarde mas também tenho dias de coragem. Acho que não sou a melhor pessoa do mundo mas certamente não sou a pior. Choro muito, mas rio mais. O meu riso é tão sincero como as minhas lágrimas. Para uns sei que, aparentemente, sou louca para outros sou fria e distante. Eu sei que sou tudo isso e muito mais.
Acredito com todas as minhas forças que se há algo pelo qual podia morrer, é algo pelo qual devo viver.
Gosto de criar memórias felizes, gosto de viver feliz.
Apego uns dizem, para mim são retratos, são saudades, são momentos, são sabores e cheiros, são risadas e às vezes lágrimas, são um mergulho no mar, ou um beijo ao luar .
Mas a melhor definição que tenho de mim mesma é a minha (nossa) estranha normalidade.
No difícil acordar, no quase raro silêncio, no tão comum “adoro-te”. O extraordinário é mais amor que paixão, mais alma que corpo, mais nós do que eu. E o que dói não é morrer lentamente, é nunca ter vivido a toda velocidade. O que dói é nunca ter vivido a extraordinária normalidade. E enquanto o tempo me der tempo eu quero para sempre tudo o que me define, na maravilhosa indefinição do “normal”,
Escrevo sobre o que me faz feliz, escrevo sobre o que me faz triste. Escrever faz-me feliz. Adoro desafios! Ser mãe é o maior desafio da minha vida.