Amei-te na primeira vez que te vi.
Quando te segurei junto ao peito e fechei os olhos, agradecida por teres chegado.
Quando apertaste o meu dedo entre as mãos e senti o cliché que é saber que me procuravas para te saberes segura.
Amei-te quando tinha de te acordar para comeres, porque estavas mais interessada em descansar.
Quando deste o primeiro sorriso, quando me viste realmente pela primeira vez.
Quando vi o amor que do pai te enchia o coração.
Cresceste e amei-te sempre, cada dia, todos os dias.
Amei as tuas conquistas, os teus medos, o teu olhar.
Amei-te com todas as minhas forças quando me chamaste mãe.
Quando me ensinaste a ver melhor, a ser melhor, a parar. Para reparar, para sentir, para ponderar, para agradecer.
Quando me fizeste sentir que não estava à altura do papel que se materializou graças a ti.
Quando percebi que estar à altura é querer sempre o melhor, é corrigir o que está errado, é não exigir o que não é possível. É simplesmente amar.
Quando me ensinaste a apaziguar os meus receios.
Quando tornaste os meus dias bons só por existires.
Quando me fizeste esquecer os problemas com um sorriso.
Quando ouvi as gargalhadas que dás, tão genuínas e puras que procuramos que as repitas uma e duas vezes… (serão sempre umas trezentas, aqui entre nós).
Amei-te quando me desafiaste.
Quando fizeste a tua primeira frase completa, quando agradeceste e pediste desculpa.
Quando perguntaste porquê.
Quando aceitaste as minhas respostas, mesmo que não te satisfizessem a curiosidade.
Quando acreditaste em tudo o que te disse.
Quando te riste da minha piada.
Quando me deste um beijinho de todas as vezes que me magoei, para passar mais depressa.
Quando me “obrigaste” a voltar a ler a mesma história pela quarta vez.
Quando pediste ao pai que voltasse atrás quando estava de saída porque não me tinha dado um beijinho de até logo.
Quando choraste à noite e te perguntei o que se passava e foste sincera: “nada. Queria a mãe”.
Quando ralhei contigo e começaste a chamar o pai para interceder por ti. (às vezes ainda não compreendes que somos mais que uma equipa, somos uma frente unida, mas enternece-me de todas as vezes que chamas um ou outro como advogado de defesa. Em breve aprenderás que tens de te defender sozinha e enfrentar quem quer que te esteja a ralhar e perceber o porquê do que está a acontecer).
Quando me deste a mão à mesa, só porque sim.
Amei-te sempre.
Amar-te-ei para sempre.
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Ser Mãe todos os dias cansa!
Autora orgulhosa dos livros Não Tenhas Medo e Conta Comigo, uma parceria Up To Kids com a editora Máquina de Voar, ilustrados por aRita, e de tantas outras palavras escritas carregadas de amor!