Aprender suporte básico de vida, um dever cívico
Uma paragem cardíaca pode ocorrer a qualquer pessoa, em qualquer momento e em qualquer lugar.
Salvar uma vida envolve uma sequência de passos e cada um deles influencia a sobrevivência, pelo que a ajuda à vítima não tem início com a chegada da ajuda diferenciada, sob pena de poder ser tarde de mais.
Por exemplo, um CORRETO pedido de socorro, ligando o 112, é imprescindível, e depende de todos nós. É essencial ensinar os mais pequenos a fazê-lo corretamente, por isso, o tema do Suporte Básico de Vida, com tudo o que este envolve, deve ser abordado nas Escolas.
Qual a forma correta de pedir socorro?
1.° Mantenha a calma;
2.° Identifique-se. Basta o primeiro e último nome;
3.° Indique o número de telefone de contacto;
4.° Indique a morada, utilizando pontos de referência. (Por exemplo, Rua da Escola, junto ao café Paraíso);
5.° Indique o sexo da vítima e a idade aproximada;
6.° Refira o estado da vítima, sendo que nestes casos é imprescindível dizer se Respira ou Não Respira;
7.° Diga o que já se fez e as condições do local, caso de justifique (Por exemplo, dificuldades de acesso, perigo de um poste cair,…).
A rapidez versus qualidade da informação disponibilizada ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é primordial para a ativação dos meios de socorro que são efetivamente necessários, assim como para o sucesso da atuação dos serviços de emergência médica, nomeadamente numa situação de paragem cardiorrespiratória.
Todos temos o direito de sermos salvos, mas também temos o dever de saber salvar.
Tanto mais que a maior parte destas situações ocorrem em contexto extra-hospitalar, pelo que uma população mais informada poderá fazer toda a diferença.
Esta diferença, reitero, começa com a formação das nossas crianças e jovens. É importante investir na formação dos cidadãos, promovendo uma participação cívica pró ativa e reforçando a responsabilização social.
Tal como refere o Dr. João dos Santos, “o destino do homem determina-se na forma como é gerado, no calor dos braços que se lhe estendem, na ideologia que o envolve e na liberdade que lhe é proporcionada para imaginar, experimentar e pensar”.
Por tudo isto, Aprender Suporte Básico de Vida é um Dever Cívico ao Alcance de TODOS.
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