
As meninas são mais apegadas ao pai do que à mãe?
As meninas são mais apegadas ao pai do que à mãe?
As mães de meninas, mais cedo ou mais tarde, podem desenvolver alguns ciúmes da forte cumplicidade que pode existir entre pai e filha.
Mas o que estará por trás disso?
“A princípio, todo bebé, independentemente do sexo, se identifica com a figura materna, que é seu primeiro objeto de amor”, afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano. Porém, à medida que cresce, outras relações se tornam importantes na sua vida. Enquanto os meninos se identificam com o pai, as meninas espelham-se na mãe. Isto faz parte da construção da identidade masculina e feminina, respectivamente.
No entanto, entre o terceiro e o quinto ano de vida com o desenvolvimento da sexualidade, surge também uma atração pelo progenitor do sexo oposto e em simultâneo uma disputa com o progenitor do mesmo sexo.
Essa teoria, que foi descrita por Freud no século passado, é conhecida por Complexo de Édipo. Uma alusão à história da mitologia grega em que o filho se apaixona pela mãe.
Mas e no caso de famílias onde um dos pais não está presente?
O problema é quando tanto o pai quanto a mãe reforçam o sentimento inconscientemente, em vez de combatê-lo de maneira positiva. Assim, a menina torna-se na “filhinha do papá” e o menino, no “filhinho da mamã”.
“Além de motivar rivalidade e/ou competição ou entre a filha e a mãe ou o filho e o pai para o resto da vida, tal comportamento pode interferir no amadurecimento da criança. Consequentemente nos seus futuros relacionamentos”, alerta Ana Cássia.
A menina, por exemplo, procuraria a figura do pai num companheiro. Mas é claro que, teorias à parte, a ligação mais forte com um dos pais pode perpetuar-se sem qualquer motivação psicológica. Poderá ser apenas uma questão de afinidade.
Por Malu Echeverria, para Crescer.
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