Assistimos ao assassinato coletivo da infância das crianças

Assistimos ao assassinato coletivo da infância das crianças

Assistimos ao assassinato coletivo da infância das crianças

Numa analogia entre o mundo e o teatro, posso afirmar que estamos sentados na plateia a assistir ao assassinato coletivo da infância das crianças.

Os pais, numa tentativa de se sentirem bem consigo próprios da ausência na vida dos filhos, tentam compensá-los com presentes de toda a espécie, consoante a faixa etária. Brinquedos, viagens, telemóveis e afins, jogos, TV, etc!

As crianças de hoje estão a perder as habilidades sócio emocionais mais importantes, como saber colocar-se no lugar do Outro, saber pensar, expor as ideias, aprender a arte de agradecer, a partilhar, a valorizar a empatia a ser generoso.

Precisamos educar para a empatia, precisamos ensinar as crianças a valorizar e saber identificar as emoções, o sentir.

Precisamos de ensinar às crianças a arte de educar o coração.

A partir dos 12 meses o individualismo tem de ser dominado. Os pais devem ensinar e promover a ponte entre o individualismo e a partilha desde muito cedo. Precisamos olhar os filhos nos olhos, ensinando-os a saberem verem-se no reflexo do olhar do Outro.

As crianças de hoje vivem um tempo de egocentrismo e individualismo. Os pais deixam que se isolem, agarrados aos braços da tecnologia que lhes permite “voar”, através da rapidez de imagens para uma galáxia imaginária, onde cada um escolhe ser o que mais lhe convém. Um “faz de conta” sem fim.

Precisamos de voltar às coisas SIMPLES, valorizando o viver com elas.

Precisamos de ensinar os filhos a refletir, a utilizar o concreto da vida e a saberem lidar com ele.

Promover a autonomia, o saber lidar com a frustração, o saber entender as emoções e acima de tudo o saber ouvir o coração. Temos o dever de sermos honestos com as crianças. Coerentes entre o que dizemos e os atos que praticamos para que elas se revejam em nós, adultos.

É verdade que atravessamos tempos difíceis, escuros, mas acredito que poderemos pintar o Mundo de cores claras, porque o nosso cérebro é gregário e não sozinho.

Assim, é URGENTE aprendermos/ensinarmos a partilhar AFECTO. É na forma como eu me sei dar, que eu identifico o meu lugar no Mundo. Neste Mundo, que apesar de muitos o ignorarem, é a casa de TODOS!

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