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Licenciada em Psicologia Clínica, com Mestrado em Psicologia da Educação. Pós graduada em Parentalidade Positiva e formadora acreditada pela Universidade do Minho, em Práticas de Aconselhamento e Orientação e Educação para a Saúde, trabalha como psicóloga escolar desde 2006, ao nível da intervenção psicológica, da orientação vocacional e da intervenção com crianças e adolescentes no âmbito da promoção de competências socioemocionais. Desenvolve atividade formativa com pais, docentes e assistentes operacionais, maioritariamente nos domínios da Disciplina Positiva. Em 2016 criou o projeto Pés na Lua - Pensar o Crescimento, que materializa o sonho de contribuir para que pais, famílias e educadores se possam tornar mais conscientes do caminho que constroem com as suas crianças e jovens todos os dias. Sempre numa perspectiva positiva e privilegiando a importância da tomada de consciência e da relação afetiva na educação, sem “fórmulas mágicas” e a acreditar que tudo se consegue, desde de que na vida se esteja de corpo, alma e coração. ritaguapo@pesnalua.pt https://www.facebook.com/pesnaluablog/ http://blog.pesnalua.pt/
– “Mas que raio de mãe deixa o miúdo andar ali?” Que raio de mãe és tu? Fomos dar um passeio à zona ribeirinha. Ao chegarmos, a maré baixa convidou-nos a descer as escadas e a sentarmo-nos numa pedra junto à água. Apanhámos búzios, vimos caranguejos e percebemos que havia zonas de lodo e zonas mais secas por onde poderíamos facilmente andar. O Manel continuou a explorar, encantado com a vida a fervilhar na ria, no lodo, nas algas deixadas pela última preia mar. Numa das investidas, escorregou e encheu-se de lodo. Correu a mostrar-mo, demos uma boa gargalhada juntos…
Os miúdos precisam de andar na rua, precisam de tempo, espaço e liberdade Uma das perguntas que invariavelmente faço aos pais com quem trabalho é a seguinte: Qual é a recordação mais feliz da vossa infância? O propósito da pergunta (para além do convite a uma viagem no tempo), cumpre-se na riqueza das respostas: “Ahhh, eu lembro-me dos verões em casa dos meus avós. De passar o dia metido em sarilhos com os meus primos mais velhos…” ou, “E o que eu gostava de subir à árvores e correr atrás das galinhas!” ou ainda “Morávamos ao pé da praia e…
O teu filho é vítima de Bullying? O que fazer para ajudar. Estava no 3º ano do primeiro ciclo. Devia ter uns 8 ou 9 anos. Era a primeira vez naquela escola. Aproximei-me do grupo de rapazes e raparigas que se tinha juntado na lateral do pavilhão onde aconteciam as aulas. Queria fazer amigos. Assim que perceberam que me aproximava, apontaram o dedo para as calças de xadrez que trazia vestidas e, às gargalhadas, gritaram: “Sai daqui oh calças de palhaço!” Nunca mais me esqueci disto. Lembro-me do sítio, lembro-me das caras, do gozo e do som alto do riso…
Não quero estar infectada porque depois vou morrer! Tem 12 anos. Tem 12 anos e não precisava do medo e da (des)informação que a atropela todos os dias, pela voz de tantos de nós, pela verdade das notícias que lhe entram casa adentro, ditas por gente séria e bem vestida, sem saber ela que a forma como a verdade das coisas é integrada, depende acima de tudo da forma com que a queremos contar. Disse-me num choro compulsivo e quase angustiante: “Não quero estar infectada porque depois vou morrer!” Acho que andamos todos ainda um bocadinho distraídos em relação aos efeitos colaterais…
O maior desafio da parentalidade somos nós. Não são os nossos filhos. “O meu filho está sempre a provocar-me e a contrariar tudo o que eu digo. O que eu precisava mesmo era de algumas estratégias para o ajudar a ter mais disciplina…” Nunca falámos tanto sobre disciplina. Nunca soubemos tanto sobre desenvolvimento infantil. E nunca tivemos ao nosso dispor tantos manuais de “técnicas infalíveis”. Ainda assim, provavelmente, nunca estivemos tão distantes de nós próprios e daquela que é a verdadeira missão da parentalidade… O desafio da parentalidade. O desafio de nos tornarmos pais é um desafio interno. É uma…
6 coisas que os filhos adolescentes precisam de nós “Não vale a pena. Na maior parte das vezes, ninguém lá em casa se interessa pela minha opinião ou sequer conhece as coisas que me preocupam. Simplesmente, já me habituei.” Ela chama-se Joana. Tem 15 anos. Tem uma família que a ama. Sabe disso. Mas às vezes, sabê-lo não é suficiente, mesmo que nos digam que assim é. Às vezes (muitas vezes), é preciso sentir. É preciso que aqueles de quem mais gostamos parem a rotina dos dias, nos olhem nos olhos e perguntem: “Como estás?”. E depois sejam capazes de…
Os bons pais não existem A culpa não é boa aliada dos pais. Mas existe, chateia e é preciso falar sobre ela e sacudi-la dos ombros com energia e vontade. Só assim lhe retiramos a força e ganhamos espaço para ser pais e, sobretudo, humanos. Ontem deitei-me outra vez a lamentar-me das vezes em que podia ter sido melhor mãe. Revivi as cenas, uma por uma, pensei-lhes outros cenários e cheguei a imaginar-me outra, capaz de ter dado ao meu filho a resposta feliz e atenta de que era tão merecedor. Ontem deitei-me outra vez agarrada à ideia que eu própria construí…
Limites na adolescência “O meu filho não acata os meus limites!” (Ponto de partida para este texto: os limites não se impõem. Compreendem-se, experimentam-se e constroem-se em conjunto.) A questão dos limites e do seu (in)cumprimento por parte dos filhos é uma das dificuldades que mais as famílias partilham. E se a questão na infância era mais ou menos contornável, com maior ou menor criatividade, com maior ou menor flexibilidade, na adolescência pode tornar-se um verdadeiro desafio, sobretudo quando as ferramentas usadas anteriormente se basearam na intimidação, na ameaça ou na coação. Sim, porque na adolescência eles já são do…
O mérito, o valor e a excelência foram convidados para a festa do ano. Vestiram-se a rigor, puseram no rosto o seu melhor sorriso e dançaram juntos ao som de Freddie Mercury, antes de sair de casa. Ao chegar à escola, sentiram-se ainda mais especiais. Tudo estava tão mais bonito! As flores enfeitavam o auditório, as luzes acesas iluminavam o palco. A toalha azul, a mesa de café e chá e uns rolinhos brancos com fita de cetim muito alinhados, faziam adivinhar o que de tão importante lá traziam escrito. Todos se endireitavam, imponentes, de mãos atrás das costas para…
Depressão na adolescência: é preciso falar sobre isto. “Os sintomas de depressão não desaparecem por si. Não são “só uma fase” e exigem que olhemos para eles de frente e com a seriedade que merecem. ” Há, numa mãe ou num pai que perde um filho, uma permanente ferida aberta, que não tolera curativos, nem admite suturas. Há, na ideia de perder um filho, qualquer coisa que corrói, que envenena, que mata por dentro. Por isso, quando um filho nos diz “quem me dera morrer” há algo em nós que se assusta irremediavelmente. Que se lembra de todas as mães…
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