o-que-mudou

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Coisas que mudaram lá em casa

Se há coisa com que (quase) todas as mães concordam é que a chegada de um filho muda muita coisa. Eu diria que muda tudo, porque começa por nos mudar, a nossa forma de estar pensar e de viver a vida.

E com isto não são poucas as coisas que mudaram lá em casa.

Porque sou daquelas mães que não troca a brincadeira por nenhum afazer… Nenhuma tarefa me rouba tempo que a ele lhe pertence.

Por toda a casa há um constante rasto de migalhas. Migalhas de variadíssimos ingredientes, mas as migalhas fazem parte do chão. Os cantos, estão todos por aspirar e não me lembro quando foi a última vez que desviei meia dúzia de móveis para aspirar. Calculo que seja por detrás desses móveis que repousem as peças e bonecos desaparecidos em combate.

A roupa, já não está organizada nem tão pouco consigo que haja um único dia em que esteja toda lavada e passada. Isso para mim é um mito.

Os brinquedos, não têm sítio certo. Quer dizer, até têm mas esses sítios são um pouco por toda a casa, e ainda assim acabam sempre espalhados e longe dos seus locais de arrumo.

Objectos de decoração são mera recordação porque os que existiam e sobreviveram às quedas foram simplesmente removidos e guardados para outros tempos, quando me rendi e passei a decorar a sala com carrinhos e comboios, pistas e jogos.

No sofá apenas repousam mantas. Mantas e mantinhas, azuis e fofinhas, desde a manta onde ele brinca no chão àquela que o aconchega antes de dormir. Pessoas raramente passam por ali, visto que é o chão onde brincamos todos juntos ao serão.

Os armários da casa de banho estão trancados e nem eu os consigo abrir. Tenho direito a 2 ou 3 artigos, pousados numa prateleira alta e raro é o dia em que o rolo do papel não é desembrulhado pelo chão a fora ao som de gargalhadas doces e sinceras.

As camas nem sempre se fazem. Nas camas pula-se, enroscamo-nos, damos mimos e fazemos brincadeiras parvas ao fim de semana de manhã.

Na cozinha há sempre loiça por lavar, mas nunca sopa por fazer. O frigorífico e os armários enchem-se de frutas e legumes, iogurtes e uma outra guloseima para um dia que apeteca. As tampas das panelas dançam pelo chão com as cebolas e batatas.

O silêncio nunca mais por lá passou. Lá em casa há sempre barulho… Há coisas a cair e a bater, há gritinhos estridentes e gargalhadas irresistíveis. Há movimento, há vida, há calor e aconchego. Há felicidade no ar…

Tudo isto não era assim até há pouco tempo atrás. Tudo isto mudou e instalou-se na minha vida para ficar. E se vos parece uma enorme barafunda… garanto-vos, não há barafunda que valha mais a pena!

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Quando entrei no mundo da maternidade, descobri uma nova pessoa em mim, e toda uma nova forma de ver a vida.

Assim, e porque encontrei muitas dúvidas, criei o blog Sei Lá eu ser mãe. A maternidade aos meus olhos. Sem rodeios nem floreados. Software tester de profissão, é a escrever que me sinto livre.

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