Como gerir as emoções de forma a agirmos em consciência
Nem sempre o que se quer é aquilo que é preciso para o momento.
Quando as crianças nos desafiam e nós só queremos levantar a voz ou a mão para fazermos exercer aquilo que acreditamos ser o respeito, a autoridade, a “ordem”, não significa que essa seja a reação precisa para o momento.
A verdade é que quando tudo se acalma depois dessa “explosão” (que pode ser leve ou extremamente pesada) conseguimos perceber e clarificar se aquele berro, aquelas palavras mais duras foram aquilo que era preciso no momento. Por vezes foram só o espelho daquilo que eram as nossas emoções no momento, levando tantas vezes ao sentimento de culpa.
Na verdade, quando queres falar mais alto pode não ser porque o grito é o que é preciso. Podes querer sentir que estás a controlar a situação. Estar a garantir a segurança e o bom caminho da criança ou jovem com quem estás a falar. Outras vezes, é só porque precisas de uma pausa para ti.
Como gerir as emoções de forma a agirmos em consciência
A questão é a seguinte: será que do outro lado conseguem perceber através da tua explosão que, na verdade, é isso que precisas? Acredito que não. E desafio-te a pensar se também tu perceberias se fosse ao contrário.
Tudo advém da tua consciência, da gestão que fazes das tuas emoções permitindo-te clarificar aquilo que precisas vs aquilo que queres.
Lembra-te que a forma como ages não tem origem nos outros.
Tem origem na forma como te relacionas com os que te rodeiam. Com a forma como te conheces, geres emocionalmente e ages com clareza sobre qual o teu objetivo principal.
Nem sempre é fácil. É verdade.
Mas a consciência e o conhecimento sobre nós e a nossa conduta é meio caminho andado para uma mudança que, aliada ao compromisso e paciência, dá frutos.
À paixão pelo seu trabalho com crianças com necessidades especiais aliou-se a paixão pela parentalidade nas Necessidades Especiais.