
Como ser a pior mãe do mundo em 12 passos
Há dias saí de uma loja sem dar à minha filha, que estava a fazer uma birra enorme, uma bolacha. Uma mulher parabenizou-me no parque de estacionamento e disse que era “a melhor mãe do shopping”. Já a minha filha não achou o mesmo. Quando os seus filhos lhe disserem que é a pior mãe do mundo, encare como um elogio. A geração que estamos a educar é a mais preguiçosa, mais rude e com mais títulos da história. As histórias que se contam sobre crianças mimadas, assustam a melhor das mães. Pois eu tenho novidades: a culpa não é das crianças, é dos pais. É normal querer entregar as armas e baixar os braços. Na verdade, não queremos todas ser umas mães adoradas? Não desista. Eles podem dizer que é a pior mãe do mundo agora, mas de futuro irão agradecer-lhe.
Aqui ficam os 12 passos para ser a pior mãe do mundo:
- Deite os seus filhos a uma hora razoável
Não estamos já fartos de saber o quão importante é uma boa noite de sono para que a criança seja “bem-sucedida”? Seja a Mãe e meta os miúdos na cama. Nunca ninguém disse que eles têm de querer ir para a cama. Até podem reclamar inicialmente, mas com persistência vão acabar por se habituar. Depois aproveite o serão tranquilamente.
- Não dê guloseimas sempre que querem
Os doces devem ser guardados para ocasiões especiais. Por isso é que são tão “doces”. Se ceder a dar gomas, chupas ou outras guloseimas sempre que o exigirem não irão valorizar quando lhes for dado um doce numa ocasião especial. Além do mais pode sair-lhe caro quando os levar ao dentista.
- Obrigue-os a pagar por aquilo que querem
Se nós queremos algo, temos de pagar por isso. É assim que funciona a vida de um adulto. Se quer que os seus filhos saiam debaixo da sua saia um dia tem de ensinar-lhes, agora, que os vídeo jogos, gadgets, actividades que gostam etc têm um preço. Se tiverem que pagar parte ou a totalidade das coisa, irão aprender a valoriza-las. Assim poderá, também, evitar pagar coisas que o seu filho quer imenso até as ter, e depois já não liga. Se ele não estiver disposto a fazer sacrifícios para comprar algo que pediu, provavelmente não queria assim tanto. - Não mexa cordelinhos
Há miúdos que só acordam para a vida quando começam a trabalhar e percebem que as regras também se aplicam a eles. Têm de chegar sempre a horas e fazer aquilo que lhes é imposto. E ainda por cima nem gostam assim tanto daquele emprego!
Se não gostar do professor do seu filho, do colega do grupo de trabalho, da sua posição na equipa de futebol ou da sua colocação numa fila de espera, não caia na tentação de dar um empurrãozinho para ele ficar numa posição mais confortável. Estará a privar o seu filho da chance de poder dar o seu melhor numa situação difícil. Lidar com adversidades é o que terá de fazer metade da sua vida adulta. Se não lhe der a hipótese de aprender a lidar com situações menos fáceis, estará a preparar o seu filho para o insucesso.
- Faça-os fazer coisas difíceis
Não interfira e resolva quando as coisas se tornarem difíceis. Não há nada que os ajude mais a desenvolver a autoestima e autoconfiança do que agarrarem-se a um desafio complicado e conseguirem resolver sozinhos.
- Ofereça-lhes um relógio e um despertador
Os seus filhos serão mais autónomos se forem obrigados a gerir o seu próprio tempo. Os pais não podem estar constantemente a mandar desligar a TV e cumprir com os seus compromissos. - Não compre sempre do bom e do melhor
Ensine os seus filhos a serem gratos e satisfeitos por aquilo que têm. Preocuparem-se com o próximo gadget top e quem é que já tem, irá leva-los a um vazio e uma vida de infelicidade e/ou dívidas. - Deixe-os experienciar a perda
Se o seu filho partir um brinquedo não compro outro para substituir. Assim, irá aprender uma lição valiosa sobre o cuidado a ter com as suas coisas. Se se esqueceu de trazer o livro dos TPC deixe-o ter uma má avaliação ou obrigue-o a realizar os trabalhos no intervalo com a professora. Está a ensiná-lo a ser responsável – e quem não quer uma criança responsável? Assim poderá ajuda-la a lembrar-se de todas as coisas que se esquece de fazer. - Controle os Mídea
Se os outros pais deixarem os seus filhos saltarem de uma ponte você também deixaria? Não deixe seu filho assistir a um filme ou jogar um videojogo que seja inapropriado para crianças só porque “toda a gente joga”. Se se reger pelos seus princípios e for firme na sua decisão, pode ser que os outros também passem a ser. Tente criar uma corrente positiva na educação. - Ensine-os a pedir desculpas
Se seu filho fizer algo errado, faça-o confessar e enfrentar as consequências. Não escamoteie os seus atos ou desonestidades. Se você errar, dê o exemplo e assuma as consequências. - Transmita-lhe a boa educação e o civismo
As crianças podem, desde pequenas, aprender as noções básicas de como tratar outro ser humano com respeito e dignidade. Ao fazer da boa educação um hábito fará aos seus filhos e à humanidade um grande favor. O civismo é o caminho certo para conseguir o que quer. “Apanham-se mais moscas com mel do que com vinagre.” - Obrigue-os a trabalhar – de borla
Quer seja a ajudar a avó no jardim ou como voluntários a ajudar crianças mais novas, torne essas acções parte da vida dos seus filhos. Isso vai ensinar-lhes a olhar para lá do seu umbigo e aperceberem-se dos problemas dos outros – muitas vezes muito maiores que os deles.
Se cumprir estes 12 passos para ser a pior mãe do mundo não se esqueça ao longo do percurso de elogiar sempre que os seus filhos tenham atitudes de valor. E certifique-se de que sabem que os ama. Com um bocado de sorte, os seus filhos podem virar o bico ao prego e tornar a sua geração conhecida pelo empreendedorismo, pela resiliência e perseverança.
Por Megan Wallgren, para Familyshare.
Traduzido e adaptado por Up To Kids®
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Ainda não sou mãe. Mas eu concordo que os filhos devem ter responsabilidade e limites desde bem pequeno. Meus pais me criaram assim.
É possível sim. E não é maldade… É amor.
Gostei muito desse texto. Parabéns.
Lu Fernandes Pedagoga
Lufernandespedagoga.blogspot.com.br
Casa de pais escola de filhos. As crianças devem ser educadas em casa. Não deve ser necessário repreender fortemente (ralhar) quando se está fora de casa. A repreensão pode e deve ser feita sem recorrer gritaria ou a “palmaditas”. Deve ser transmitido à criança pelo educador (pai, mãe , avós, etc.) que este fica, triste, preocupado, etc. quando a criança “faz asneira”. Educar dá muito trabalho. Porém, não só vale a pena como é indispensável. Tenho dois filhos, três netos e 74 anos de vida. Até agora as coisas têm corrido razoavelmente bem. Tenham um muito bom dia.
Alberto Freire