Os Direitos dos Casais. De Todos os casais
Todos os casais têm direito a se apaixonarem. Pelo menos, uma vez por semana com direito a borboletas na barriga e olhares cruzados;
Os casais têm direito a se desapaixonarem. Porque o amor segura e ampara no colo a desilusão de não ser o que estávamos à espera;
Os casais têm direito a dormir em conchinha. A tomar banho de espuma e a ousar fazer cafuné sem competir quem fez pela última vez;
Os casais têm direito ao sofá de domingo à tarde (ou à noite quando os filhos têm direito ao sofá da tarde) e a ver filmes com pipocas doces e salgadas porque normalmente todos os elementos de todos os casais têm direito a gostar de sabores diferentes nas pipocas;
Os casais têm direito à lua, ao pôr-do-sol, à estrela mais brilhante e ao “amo-te” mais profundo e genuíno;
Todos os casais têm direito à crise. Porque a crise traz mudança e porque a mudança é terapêutica e os casais têm direito à terapia se apoiar na mudança e se devolver aos casais os seus direitos;
Os casais têm direito aos abraços. Daqueles tão íntimos que, pele com pele, se tornam em amaços e se prolongarem mais um bocadinho se transformam naquela doce e terna energia que nos devolve a esperança;
Os casais têm direito a serem damas e vagabundos, todos os casais têm direito à sua própria música e ao nome gravado na árvore do parque (ou na carteira da escola…);
Todos os casais têm direito a serem os melhores amigos, daqueles que têm privilégios mas que nos momentos mais difíceis estão presentes, incondicionalmente, sem atrasos, patrões ou trânsito na 2ª circular;
Os casais têm direito a ficar juntos, se essa soma contribuir para a felicidade das partes. Se não, todos os casais têm o direito de se respeitarem nas decisões das partes para que o todo seja feliz;
Os casais têm direito a uma dança;
Todos os casais têm direito a uma contra-dança;
Os casais têm direito ao euromilhões afetivo. A ganhar jackpots de beijos e a serem milionários do amor. Porque os casais têm direito a todos os dias lutarem para que os seus direitos sejam libertados em balões vermelhos sob forma de coração. Porque no final das contas, todos os casais têm direito a apontar direito para o coração.
Por Dr.ª Lúcia Paço, Psicóloga e Terapeuta Familiar e de Casal
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