As mudanças na educação continuam a avançar rapidamente. No Brasil e no mundo.
A Revolução Digital, as novas formas de trabalho e as necessidades da geração digital forçam-nos a reformular, a ajustar e a criar novas maneiras de ensinar e de aprender.
Este movimento é só o inicio de uma grande reformulação na educação em todo o mundo.
O Playground da Inovação reuniu 6 tendências da educação para 2016 :
1 – Ensino Híbrido e Uso de Tecnologias mais avançadas
As formas offline de ensino andarão cada vez mais de mãos dadas com as novas tecnologias que surgem a todo momento. Serviços claud, realidade aumentada, Internet das Coisas, aprendizado através do smatphone, “Traga o seu próprio aparelho” (BYOD- Bring your own device), tecnologias vestíveis, criação de blogs pelos alunos e produção de vídeo são alguns exemplos das inúmeras maneiras como a internet e as novas tecnologias permearão o quotidiano dos alunos e professores dentro e fora da escola.
O Google Expeditions Pioneer Program é um exemplo claro de como a tecnologia pode ampliar os horizontes de aprendizado nas escolas. Através do Google Cardboard, uma espécie de óculos de papelão onde se encaixa um smartphone, é possível baixar aplicativos que nos proporcionam experiências incríveis como uma viagem a Marte ou ao fundo do mar. Algumas escolas no Brasil já começaram a utilizar este recurso, este ano.
No futuro próximo a tecnologia estará totalmente embrenhada e invisível no nosso quotidiano. Por isso, as novas gerações vão precisar de entender melhor como funciona a lógica computacional. Iniciativas voltadas para o ensino de programação nas escolas estão a crescer a um rápido ritmo com o objetivo de formar cidadãos mais independentes, com maior pensamento crítico e capazes de lidar com os desafios tecnológicos dos próximos tempos.
Para saber mais sobre Tecnologia na Educação leia o artigo do pelo site Porvir.
2 – Competências para o século XXI
Que habilidades são necessárias para lidar com a vida e com o mercado de trabalho? Como enfrentar tantas transformações no mundo? Estas perguntas têm desafiado pais, professores e empregadores de todo o mundo. Um conjunto de capacidades que engloba resolução de problemas, flexibilidade, tomada de decisão, gestão das emoções, empatia, colaboração, entre outras, é fundamental para navegar no mundo de hoje e será cada vez mais indispensável no futuro.
Por isso, o tema das habilidades socioemocionais ou competências para o século XXI está a ganhar um lugar especial em vários programas e políticas educacionais desde a educação infantil até a educação corporativa. Países como Estados Unidos, Canadá e Finlândia merecem destaque nesta área.
Para saber mais sobre este assunto e conhecer iniciativas ao redor do mundo acesse o infográfico “As Gerações Digitais e a vida no século 21″ do Playground da Inovação e o Especial Socioemocionais feito pelo Porvir.
3 – Formatos de ensino mais integrados com a realidade do mundo
Ensino focado em serviços, Ensino baseado em problemas, Ensino baseado em projetos são maneiras que favorecem uma maior integração entre os conteúdos ensinados em sala de aula com os problemas reais vivenciados pelas comunidades. Temas centrais são utilizados para ensinar as matérias do currículo tradicional de um jeito integrado. Estas estratégias de ensino, cada uma com a sua característica, aproximam o quotidiano da escola com o mundo atual, desenvolvem competências para o século XXI, promovem um senso maior de comunidade e cidadania, criam maior consciência sustentável, além de trazerem mais sentido para a experiência de aprender.
Um bom exemplo de ensino baseado em serviços é a escola Montpelier High School nos Estados Unidos. Um dos objetivos é desenvolver um projeto voltado para sustentabilidade e produção de alimentos. Conheça melhor esta inciativa no vídeo abaixo do site Edutopia (em inglês):
4 – Aprendizado mais divertido
Gamificação, uso de jogos de tabuleiros, de jogos digitais e de ambientes mais lúdicos são abordagens mais divertidas e que têm se mostrado muito eficientes para engajar os alunos e os professores.
Cresce também a consciência da necessidade de brincar como ferramenta poderosa de aprendizagem e de criatividade. Não só na educação infantil, mas principalmente em outras fases da vida. Empresas, universidades e escolas com grande foco em inovação têm usado abordagens mais lúdicas como recursos para geração de ideias, para criação de novos produtos e serviços e para resolver problemas complexos. Por exemplo, o MIT criou uma iniciativa chamada Lifelong Kindergarten ( “Jardim da Infância para toda a vida”) para facilitar a criação de tecnologias através do brincar e para estimular a criatividade das pessoas.
5 – Movimento Maker
Atividades “mão na massa” com foco na fabricação de objetos e produtos tornaram-se moda e vieram para ficar. Conhecidos como Fab Labs – os espaços especialmente criados para estas atividades contém impressoras 3D, kits de robótica, máquinas de corte a laser entre outros materiais e estão pipocando em vários países. Escolas como a PlayMaker em Los Angeles e empresas como a Renault têm investido nestes ambientes apostando na inovação e na eficácia do ensino.
6 – Ensino Personalizado
Trabalhar o aluno como um indivíduo com limites e talentos únicos não é uma visão nova mas agora ela se torna mais possível através do uso de tecnologias que personalizam o ensino de forma muito precisa e eficaz. As plataformas adaptativas de ensino, já utilizadas em várias escolas do mundo e em alguns colégios no Brasil, proporcionam um feedback constante do aprendizado do estudante e serão cada vez mais difundidas e experimentadas nas escolas em 2016. Entenda melhor sobre este tema e conheça iniciativas relevantes nesta área no post atualizado “Educação sob medida: personalizando o ensino”.
Fontes: OECD, EdSurge, Edutopia, Mindshift, ARedeEduca, Porvir, Playground da Inovação
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