Acreditamos no poder da experimentação. Fazer, fazer, fazer é o que incentivamos e acreditamos ser a melhor forma de aprender.
Não fique pela teoria, desafie os seus filhos ou alunos a pôr alguns projetos em prática.
Não importa a dimensão do projeto, nem o tempo que vão demorar, ou até o sucesso que possam ter. Importa, sim, experimentar e sentir que, aconteça o que acontecer, há muito mérito em tentar e que, independentemente dos resultados, esta tentativa resulta sempre em aprendizagem.
Não se esqueça de dizer à criança, da melhor maneira que encontrar, que na vida existem três tipo de pessoas: as que fazem, as que veem fazer e as que perguntam o que aconteceu.
O nosso desejo é pertencemos ao primeiro grupo, das pessoas que fazem!
Fazer coisas, experimentar, aventurar-se é importante também para que se perca, aos poucos, aquele mito da iniciativa que é o medo de errar.
Se perguntarmos num grupo de crianças quem é que quer ser o primeiro a experimentar algo que nunca fez, veremos que são muito poucas as crianças que se manifestam.
O pensamento de “vou ser o primeiro, e se correr mal todos vão ver” é talvez dos pensamentos mais assustadores e inibidores da experimentação.
As crianças não nascem com medo de errar, adquirem-no! E por mais que tentemos evitar que isto aconteça, é impossível. O melhor que podemos fazer é ajudar a enfrentar e a ultrapassar o medo. É o nosso papel minimizar os estragos que o processo de integração no mundo que as rodeia produz na sua autoestima e na sua capacidade de arriscar.
Falhar não é agradavél, todos nós sabemos! Todos nós já falhámos, e já tivemos que lidar com essa frustração. Mas não fazer por medo de errar é pior! Ao falhar, podemos dizer que pelo menos tentámos…mas não fazer é um fator ainda mais determinante para o sentimento de frustração.
As crianças têm iniciativas natural e espontaneamente. Tudo o que precisamos fazer é apoiá-las e incentivá-las. Podem ser coisas simples, como fazer uma festa de anos ou receber os amigos para brincar, ou coisas mais complexas. Não critique, nem reprima, muito pelo contrário, ajude-a e apoie. Se algo estiver errado, ajude e aconselhe a fazer de outra forma, mas não insista. Se correr mal, não faz mal, até estas experiências são válidas e utéis para aprendizagem das crianças.
Lembre-se: o importante é sempre dar o primeiro passo e fazer!
Por Miriam Silva, para Up To Kids®
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