Já ouviu falar do Apego Seguro?
Pois bem… O apego seguro vem confirmar que tudo é equilíbrio no Universo, e não seria diferente na relação de apego entre a mãe e o seu bebé.
O Apego Seguro trata da capacidade que a mãe (ou a figura principal de apego) tem em responder às demandas da criança de maneira sensível e estável.
Sensível: com percepção aguçada e atenta para as necessidades do infante;
Estável: de forma emocionalmente equilibrada e com presença constante.
Nem negligência às demandas dos pequenos, nem paranóia que sufoque, nem tampouco lançar sobre eles os nossos desequilíbrios emocionais… Ter a sensibilidade de senti-los ao ponto de dar respostas coerentes às suas questões. Dar-lhes a estabilidade da presença tranquila, que está sempre por ali, para quando a criança precisar.
O apego seguro é extremamente importante para o desenvolvimento infantil, pois resultada de uma alta sincronia entre as demandas biológicas e psicossociais do bebé e a resposta eficaz da mãe.
Pesquisas sobre os efeitos do apego seguro apontam para preditores importantes no desenvolvimento da criança, quando este vínculo positivo acontece, nomeadamente:
- Melhor ajuste psicológico às situações de conflito;
- Maior internalização das regras instituídas pelos pais e mães;
- Raciocínio mais maduro e autónomo na adolescência;
- Boa autoestima;
- Ajuste social positivo, no estabelecimento de relações para além da família…
Outro fator muito interessante relativo ao apego seguro é o facto de oferecer à criança uma maior segurança emocional. Isto permite-lhe ter a capacidade de explorar novos espaços e situações. A criança não necessita dispender recursos cognitivos para comprovar a disponibilidade de algum adulto responsável durante sua atividade, porque já sabe e sente que pode contar com o seu cuidador. Dessa forma, pode canalizar a sua energia para outros processos cognitivos que poderão ocorrer no momento gerando novas descobertas, aprendizagem e crescimento.
Não é isso que queremos para os nossos pequenos?
Estejamos atentos, portanto, a como estamos a estabelecer a nossa relação de apego com nossos filhos.
E atenção: os processos de educação convergem sempre para a nossa autoeducação. Se estamos equilibrados internamente, as crianças serão equilibradas. Pois terão esse modelo de ação como referência, ao longo de sua jornada.
Photo by Juliane Liebermann on Unsplash
Cocriadora do Canal do YouTube Conhecer e Despertar, Mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação, Pós-graduada em Psicopedagogia, Graduada em Pedagogia e Letras