
Educar, ensinar e liderar – 6 Reflexões para pais e educadores
Educar, ensinar e liderar – 6 Reflexões
Educar, ensinar, liderar, dirigir, todas são tarefas onde é muito importante as capacidades e os conhecimentos dos executantes. Podemos estar a falar de psicólogos, pais, professores ou de líderes empresariais.
É fantástico quando a arte e o engenho se fundem e temos bons profissionais. Nessas circunstâncias, as crianças ganham, os alunos melhoram as notas, o ambiente é mais positivo.
Mas desejamos ter mais do que apenas bons profissionais! Desejamos ter profissionais excelentes.
É um mundo mais brilhante que começa a emergir, quando os profissionais são excelentes. É ter cérebro, sim, o cérebro é importante. Claro. Mas é ter mais ! Mais alma, mais coração.
É que há algo ainda mais relevante do que as características de cada elemento que intervêm no processo pedagógico , psicológico ou relacional.
Poucos (nenhuns?) conseguem fazer alguma coisa brilhante de forma isolada, sozinhos, sem apoio.
A vida não é estanque. Os processos contaminam-se, sofrendo influências de diferentes fatores. Uma criança não é só educada pelo pai. Também há a mãe (na maioria dos casos, claro). Uma criança não é só educada pela mãe. Também há o pai. O professor não ensina sozinho. A Escola está numa comunidade.
Um aluno tem família, avós, tios. Estes são mais ou menos participativos. Uma equipa de trabalho tem diversos atores, cada um com o seu papel.
Por isso, é fundamental saber trabalhar em equipa! Nas minhas (trans) Formações para professores, tentamos sempre dar ferramentas para a melhoria dos processos de trabalho de grupo. Uma andorinha não faz a primavera.
Como estamos todos longe de ser prefeitos, mas como grande parte de nós deseja melhorar, ofereço seis sugestões para reflexão, no sentido de sermos melhores colegas, trabalhando melhor em equipa.
1 – Inspiremo-nos no trabalho da Psicóloga Barbara Fredrickson.
Entre outras coisas, ela demonstra a existência de uma ponte entre as Emoções Positivas e outros comportamentos positivos, tais como a Curiosidade e a Criatividade. Se cada um de nós levar Emoções Positivas para a equipa de trabalho, estamos a melhorar a produtividade, ao incrementar indiretamente esses comportamentos positivos. Também o fazemos em família. E podemos fazer mais e melhor, tendo esta noção, tendo esta clareza.
2 – Há psicólogos que defendem que “as zonas de prazer, não têm ligação com as zonas de aprendizagem”.
Então? Com tanto terreno para ser desbravado sobre o conhecimento do cérebro, vamos aceitar este dado como uma verdade absoluta? Para quê? Será para educarmos “à força”? Para gerir uma equipa através do medo? Pessoas com medo trabalham melhor? Há evidência que aponta para o contrário. Podemos fazer a experiência. Coloca-se um grupo de médicos a trabalhar num diagnóstico. A este grupo, ameaça-se com uma punição caso o resultado não surja. A um outro grupo oferece-se um bom ambiente, uma recompensa…e vamos ver os resultados. E cada um de nós pode avaliar também em que momentos da vida foi mais produtivo.
Quando tinha medo ou quando estava tranquilo e feliz no desempenho das funções? Para esta reflexão, é enriquecidor que as pessoas tenham tido experiências em diferentes projetos ou empresas.
3 – As equipas melhoram quando o líder é positivo.
Em casal, a liderança vai alternando. Os professores vivem diferentes momentos. Ora lideram, os são liderado. Tenhamos em conta o nosso papel. Desejamos equipas melhores, por isso, oferecemos o melhor de nós a cada momento da relação. Tentemos ser líderes positivos, com o objetivo final em vista. O objetivo não é ganhar uma discussão, não é ganhar mais um projeto ou ganhar dinheiro a todo o custo. O objetivo é ajudar a estruturar aquelas crianças, sejam filhas, sobrinhas ou alunas.
4 – Conheça as forças de cada elemento do casal.
Conheça as capacidades, de cada professor. Identifique as capacidades dos seus colegas de trabalho. Interesse-se por descobrir em que área cada um pode brilhar mais, trabalhar com mais empenho, explanar melhor as suas capacidades.
5 – Liberdade para agir sem uma visão, sem um foco, sem um plano previamente trabalhado, de nada serve.
O professor precisa conhecer o foco da Escola, o verdadeiro projeto capa de nortear tudo. Os pais precisam chegar a acordo sobre que tipo de família querem. A intervenção psicológica precisa de consenso entre os intervenientes. Os boicotes, as dificuldades de relação entre membros das equipas, surgem quando a liderança falha ao criar um foco. Um empresa sem visão, acaba por desaparecer. Um casal sem um plano para educação, corre o risco de educar ao sabor de uma maré ou corrente que não sabemos onde vai dar. No fundo, tem que estar escrito o que cada um deve fazer e o porquê. Depois é que surge a liberdade. Há casais que pensam nisto e chegam mesmo a colocar por escrito. Não é só nas (boas) empresas.
6 – Um desafio para terminar. Trabalha em equipa? É pai? É professor?
Então conheça a “Betari Box”! Se lhe interessa o tema, se deseja melhorar, faça a sua pesquisa sobre a “Betari Box“. É uma ferramenta muito útil. Pode ser adaptada para o trabalho com crianças e jovens. Pode ser útil se estiver numa empresa.
Para finalizar, uma DICA:
- Diálogo, sincero e honesto com cada um dos membros da equipa. Fale à parte com cada um deles.
- Ideias contam. Ouça-as. Se não ouvir as ideias dos seus colegas, parceiros ou colaboradores, pode estar a perder o melhor…
- Contribua com Emoções Positivas.
- Aja com naturalidade, e, por vezes, com “saudável loucura” e irreverência, mas não esqueça de ter foco.
imagem@emaze
Gosto de iniciativas “sem tretas” e com alma. Como a Up to Kids, por exemplo.
A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.
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