Equinócio da primavera. A história de Ostara e o coelho da Páscoa

Equinócio da primavera. A história de Ostara e o coelho da Páscoa

Equinócio da primavera. A história de Ostara e o coelho da Páscoa

Por aquilo que se pode dizer o equinócio da primavera é um ponto de viragem, de renascimento.

Quando a luz escura desvanece e o sol morno renova a paisagem. As cores monótonas de inverno são gradualmente substituídas por verdes e amarelos e, em certos sítios, arrastam o branco da neve para pintarem levemente as margaridas a desabrochar. Esta ocasião, que para muitos é de louvar, marca o início da Primavera.

A celebração desta data remonta, no Ocidente, a épocas muito anteriores à do início do nosso calendário.

Tempos estes quando a Europa era regida por tribos (Celtas), divergentes em algumas tradições, mas convergentes numa região abundante e extensa. Por volta do séc. III a.c. testemunhou-se a expansão máxima destes povos occíduos, entrelaçando-se pelos cantos do velho continente chegando à Península Ibéria, Itálica e à Grã-Bretanha. Como é sabido, e foscamente difundido, os Celtas eram muito ligados à natureza, pelo que aprofundaram o seu conhecimento, observando a mesma e as suas nuances sazonais. Prolongo-me pela tradição celta com um intuito, e certamente, para quem não gosta de antropologia, deve achar que estes excertos aparentam desviar-se um pouco do assunto mas lá chegaremos. A ligação forte entre estas tribos e os ciclos da natureza dera origem a inúmeras tradições, cada uma com celebrações e rituais muito próprios, relacionados com a estação do ano em que se encontravam.

Devido aos movimentos de translação e rotação terrestres existem duas fases num ano em que período diurno e o noturno se igualam.

A estes acontecimentos deu-se o nome de Equinócio. No dia 20 ou 21 de Março (dependendo do ano) celebra-se o primeiro equinócio, denominado (por estes povos) Ostara – O equinócio da primavera. A vida abandona o seu estado de letargia, e o Inverno perde o seu poder perante a dinâmica recém nascida da Primavera.

Eoster ou Ostara

A palavra Ostara tem origem anglo-saxã, e significa “Sol nascente”. Eoster ou Ostara, era declarada a deusa da fertilidade na mitologia nórdica e germânica, e do renascimento e do amor na mitologia anglo-saxã. O seu nome deu origem à palavra inglesa “Easter”, que significa Páscoa. Para estes povos esta ocasião de renovação e de mudança significava a retoma da agricultura e da caça, considerando então, esta, uma dádiva divina, e uma demonstração prática do equilíbrio das forças da luz primaveril e da escuridão invernal.

Ostara tinha como símbolo o coelho devido ao facto de ser um animal que se reproduz rápida e abundantemente. Associado a este festival também ocorria a decoração de ovos por força da crença na existência de um “ovo primordial” que teria sido chocado pelo calor do sol que chegava à terra nesta altura do ano, e que haveria dado origem a toda a vida terrestre. Com a expansão da religião cristã, a intenção de converter as tribos residentes era uma prioridade. Assim, a própria igreja desempenhava um papel de atenuação e quase de ultimato relativamente às celebrações pré-existentes. A cristianização da Europa teve como peça fulcral o aproveitamento das antigas tradições pagãs, de modo a haver uma assimilação mais rápida do Evangelho.

As celebrações nesta época remontam, como supracitado, há milhares de anos, e a sua continuação não tem fim à vista. Este é um período de renovação e mudança no que toca aos ciclos vitais da natureza. Para nós é tempo de tirar as galochas, ou a manta do colo, e apurar pensamentos, sair á rua e cheirar as cores novas.

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