Estarei a meio?
Estarei a meio da vida? Não estou a par das mais atuais indicações sobre a esperança média de vida. Acredito que rondará os 90 anos…
A minha idade vezes dois, aproxima-se deste número!
E agora? Que reflexão poderei fazer?
Por vezes, sinto-me menos tolerante para conversas vazias. Para dias sem gelo na bebida ou sem gindungo no prato.
Estarei a “ficar velho” no mau sentido, ou estarei mais exigente?
Será que já começo a apreciar melhor a vida, como vaticinaram outras pessoas com quem falei sobre envelhecimento?
Gostava de ir à praia mais vezes. No inverno, principalmente.
Não sei onde guardei as cartas de amor, mas vou socorrer-me delas para trazer o jovem sonhador que fui.
Ser sonhador está fora da moda? É piroso?
Piroso é querer estar na moda.
Os miúdos estão crescidos. Preciso estar mais com eles. Pensamos que crescem e pronto, mas não. Não há pronto. Há paciência para exercitar. E persistência.
Posso estar a meio, só que, sinceramente, não sinto.
Mas sinto que, demasiadas vezes, quem diz “sinceramente” está a mentir.
Preciso abrir um buraco mais fundo no meu coração para descobrir os diamantes que serão as minhas forças e virtudes. Assim, poderei alinhar a vida que falta. Alinhar nesta direção. Na direção das situações onde me sinto pleno.
Assim, estar a meio não vai assustar.
Não me assusta.
Sinceramente.
imagem@PxHere
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“Tenho tanto para aprender e o tempo passa ora muito rápido, ora lento e penoso.
Por vezes gostaria de encontrar um atalho para saber mais sobre a vida, e admito, sem egoísmo, continuo a perseguir um significado para minha própria existência e isso tem um custo elevado, às vezes me sinto já sem crédito, usando uma forma onerosa de cheque especial, já sacando a descoberto.
Essa busca não é resultado de uma crise qualquer, é bem mais antiga, remonta à minha consciência, quando comecei a perceber que havia algo além do meu quintal.
Admiro as pessoas que conseguem viver e se preocupar apenas com o dia presente, que por si só, nesse tempo onde tudo é tão rápido e complexo, já é muito.” – Paulo Afonso de Barros
A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.
1 comentário
Excelente partilha! Muito obrigado ?