
Família não tem definição. Família é colo, é mimo, é aquele olhar…
Família não tem definição
Família é mais que pai e mãe, mas é sobretudo pai e mãe.
É a raiz, troncos e folhas de uma árvore que não pára de crescer.
Família sou eu e és tu todos dias ao alvorecer.
Família não é só sangue, família é quem cuida, quem cria, quem ama.
É a irmã que à noite que te aconchega na cama,
Família é um pai e sua filha pela mão,
E é também o menino que brinca no parque, com o seu irmão.
Família não tem definição,
Família é colo, é mimo, é aquele olhar…
É a palavra amiga que te permite sonhar!
É um sorriso, um beijo, um brilho,
A primeira vez que sentes o teu filho.
Família é mais que um momento.
É para sempre, não há argumento.
Família é coração,
E a forma mais simples de oração.
Família como o Amor é a mais pura indefinição.
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“Para uma família ser feliz, é necessário haver sedução. Os filhos têm de ser charmosos para encantar os pais, os pais têm de se esforçar para educarem convincentemente os filhos. E marido e mulher, caso queiram permanecer juntos, têm de passar a vida inteira a engatar-se. O mal da família é a facilidade. É pensar que aquele amor já é assunto arrumado. Uma família que é obrigada a convencer-se, a seduzir-se, a respeitar-se mutuamente é uma família que pode durar para sempre.
Família maçada acaba despedaçada.
O mal da família é um problema de má-criação e de falta de respeito. Os familiares mostram-se incapazes de viver com civilidade, gritam, insultam-se, abusam do seu poder.
Se um miúdo, quando leva um estalo, puder fechar-se uma semana no seu apartamento a ouvir heavy metal a altos berros; ou se uma mulher, quando o marido a chatear, puder puxar da agenda de solteira e passar o resto do dia a fazer telefonemas a ex-namorados; se um marido, maltratado pela mulher, tiver uma sala onde possa receber os amigos, para jogar à lerpa, beber água-pé e visionar videocassetes da Cicciolina, o conflito desagudiza-se naturalmente.
É uma questão puramente arquitectónica.
Mais tarde ou mais cedo, como é regra do amor, as saudades superam os ressentimentos e as campainhas começam a tinir, e os “desculpa lá” recomeçam a ressoar. As pazes fazem-se de livre vontade. Os beijinhos dão-se de bom grado. A família reúne-se, no verdadeiro sentido da palavra. ” – Miguel Esteves Cardoso
Escrevo sobre o que me faz feliz, escrevo sobre o que me faz triste. Escrever faz-me feliz. Adoro desafios! Ser mãe é o maior desafio da minha vida.