Gerir emoções: 10 dicas para ajudar o seu filho
Uma das mais importantes tarefas da parentalidade é ajudar os filhos a desenvolver competências emocionais.
Infelizmente muitos pais não estão conscientes do impacto que as suas palavras e ações têm no momento em que os filhos estão a experienciar emoções intensas. Experimente diariamente as estratégias seguintes e verá como o seu filho conseguirá lidar com as emoções de forma mais saudável, o que será indispensável ao seu bem-estar e resiliência.
1 – Esteja atento e curioso, ajudando a dar nome ao que está a sentir
“Pareces estar triste. Queres contar-me o que se passou?”.
2 – Não desvalorize o que o seu filho está a sentir.
Mesmo que tenha dificuldade em compreender os motivos pelos quais se sente desconfortável, ou considere que ele está a exagerar.
3 – Não o critique quando exterioriza o que sente.
Frases como “ai que drama!”, “se não tivesses feito a asneira, agora não te estavas a sentir assim”, “para de chorar!”, “não tens nada que estar zangado!”, contribuem para que o seu filho se sinta ainda pior e em nada ajudam a aprender a regular o que está a sentir. Pelo contrário, reforçará a ideia de que o que está a sentir é errado e que os pais não o compreendem.
4 – Explique que as emoções fazem parte da experiência humana e são transitórias.
Todas as emoções devem ser aceites e vividas em pleno, ou seja podemos e devemos tolerá-las, não as escondendo nem reprimindo.
5 – Adeque as suas expectativas ao grau de desenvolvimento do seu filho.
Lá porque já não é um bebé, isso não significa que seja um expert a gerir as próprias emoções e a empatizar com as emoções dos outros. Lembre-se que quer o desenvolvimento cognitivo, quer emocional é um processo de aprendizagem contínuo ao longo de toda a infância e adolescência… e vida adulta também!
6 – Reflitam sobre formas de lidar com as emoções desagradáveis.
Por vezes, as pessoas agem por impulso e de forma desajustada, com consequências negativas para si e para os outros. É fulcral que o seu filho compreenda que é legítimo sentir qualquer emoção, porém isso não justifica todo o tipo de comportamentos.
7 – Explorem que pensamentos e interpretações das situações estão a influenciar o que sente.
Ajudá-lo a encarar outras perspetivas poderá ajudar a sentir-se de forma diferente.
8 – Explorem formas saudáveis de regular as emoções.
Pode sugerir o seu filho a fazer uma lista sobre o que pode fazer: respirar fundo, ouvir música, dar murros numa almofada, desabafar com alguém, desenhar, dar um passeio, etc.
9 – Como pai/mãe seja um modelo.
A forma como os pais lidam com as emoções diariamente influencia em grande medida a forma como o se filho irá responder ao que sente. Se costuma gritar ou culpar alguém quando está zangado, se está muito triste, mas não se permite chorar, repare que mensagens está a passar ao seu filho.
10 – Ensine-o a ser compassivo e menos critico com ele próprio.
Lidar com as emoções não é tarefa fácil para ninguém! Quando o seu filho sente dificuldades em tolerar determinadas emoções, ajude-o a ser compassivo com ele próprio e com o que sente.
Raquel Carvalho
Psicóloga Clínica
Centro Catarina Lucas
Conta com uma equipa multidisciplinar de cerca de 30 profissionais especializados em diversas áreas da psicologia e do desenvolvimento humano, prestando serviços nas áreas da psicologia para adultos, infantil e juvenil, aconselhamento parental, terapia de casal, terapia familiar, sexologia clínica, neuropsicologia, hipnose clínica, orientação vocacional, psiquiatria, terapia ocupacional, terapia da fala, nutrição, naturopatia, osteopatia, entre outros.