A
A aventura começa aqui: encontrar uma instituição de ensino que nos transmita confiança e genuína vontade de integrar uma criança com esta condição clínica. O facto de ser pública ou privada, religiosa ou laica, de ser da zona de Lisboa ou do nordeste transmontano é perfeitamente irrelevante, para esta equação.
Há estabelecimentos que estão naturalmente dispostos a tal, há outros que estão dispostos a tentar e há outros que… não. A realidade é esta.
TPC: pesquisar, visitar, conversar, comparar, questionar e, se for caso disso, mudar.
E
É ténue a linha que separa uns pais informados, com capacidade de transmitir informação devidamente contextualizada, de uns pais histéricos.
TPC: Comunicar com clareza, fornecer pareceres médicos, planos de emergência e materiais de apoio.
I
Investigar! Ao cabo de algum tempo, os pais das crianças com alergia alimentar estão aptos a integrar o elenco do CSI School Edition (esta série só existe na minha cabeça, ok?).
TPC: Ler rótulos de produtos alimentares, de materiais escolares, de etiquetas de bibes e fardas. Avaliar potenciais riscos de actividades extra-curriculares, de deslocações para fora da escola e, sempre que possível, obter lista dos aniversários. Não queremos que o nosso filho seja o único que não está a comer bolo, pois não?
O
Ouvir é fundamental. E isto vai desde ouvir o nosso instinto (afinal ninguém conhece tão bem os nossos filhos como nós) até ao comentário da auxiliar que referiu que sempre que a Ritinha come sopa de espinafres fica toda às pintinhas.
TPC: Não baixar a guarda em hipótese alguma, estar em constante alerta em relação a tudo o que se passa, mesmo aos pormenores aparentemente insignificantes.
U
Ui! Quando o telefone toca. Atenção, nem sempre quer dizer que sejam más notícias. Mas, se forem, há que manter a calma, remeter sempre para o plano de emergência prescrito pelo médico e acreditar que tudo vai correr bem.
TPC: assegurar que todos os elementos da escola estão a par da situação, bem como, da existência de um plano de emergência e da respectiva medicação.
Por Marlene Pequenão, para Up To Kids®
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