É feio ser uma mãe real num mundo superficial
“Numa sociedade cada vez mais hipócrita, que exige dos outros o que não tem em si – a perfeição – é feio ser uma mãe real que se cansa, que se questiona, que erra, que chora, que precisa de mais tempo para si.”
É feio uma mãe dizer que está cansada e que precisa de tempo para si.
Também é feio fechar-se na casa de banho para chorar quando momentaneamente se sente saturada, afirmar que tem alturas em que dá por si a sentir que não se devia ter metido nisto (maternidade).
É feio uma mãe gritar, ameaçar e punir.
É feio admitir que por vezes cede porque não se quer chatear,
ou, por exemplo, deixar de cuidar de si e de se reconhecer enquanto mulher.
É feio uma mãe deixar o filho ver TV para ter uns momentos de sossego,
é feio não estar com o pai da criança,
não assegurar que o filho larga rapidamente as fraldas e a chucha ou que não lê assim que entra na escola.
É feio uma mãe não ser capaz de criar filhos que nunca gritam, choram e expressam frustração.
É feio uma mãe assumir que mesmo na companhia do filho por vezes se sente só.
Numa sociedade cada vez mais hipócrita, que exige dos outros o que não tem em si – a perfeição – é feio ser uma mãe real que se cansa, que se questiona, que erra, que chora, que precisa de mais tempo para si.
Felizmente não estás só. Tal como tu, sou essa mãe que carregada de realidade age da melhor forma que sabe – com o coração carregado de amor.
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A entrada no mundo da maternidade rapidamente se revelou menos “purpurino-brilhante” do que havia imaginado. Poderei ser uma mãe que se sente completa, com disponibilidade para a sua prol, se não cuidar de mim enquanto mulher? Poderei ser uma mulher feliz se não me sentir uma mãe livre?