
Meninos vamos ao cinema!
“Vamos ver a Annie!”
Eles não iam felizes da vida. Estão naquela fase “gira” que dura alguns anos: “...se a Mãe gosta tanto, deve ser uma ‘ganda’ seca!”
Um filme que trouxe de volta tantas lembranças maravilhosas.
Há uns anos atrás, tinha eu 10 anos, li num jornal que procuravam alguém com as minhas características (achava eu! Ahahahahah! Auto-estima do caneco!) para fazer de Annie na peça de teatro na qual o actor Nicolau Breyner seria o “homem rico”. Inscrevi-me.
Lembro-me, como se fosse hoje, de subir ao palco e mesmo antes de começar a cantar, com a voz que sei hoje que não tenho, deixar logo ali decidido que não gostava de palcos. As pernas não tremiam tanto como a voz, mas os joelhos pareciam bater um no outro… ai a voz!
Mas cantei… já não me lembro quem era o pianista que me acompanhava, mas era um compositor conhecido e muito querido. Percebeu os meus nervos e disse-me que não fazia mal depois, deu-me uma festinha na cabeça. Percebi logo que não ia passar à fase seguinte e se passasse era porque precisavam de alguém para “avacalhar” a peça!
Ter subido ao palco, ter sido seleccionada para o casting, a espera pela minha vez e o sonho de participar numa coisa destas, mesmo com toda a vergonha e falta de jeito, mesmo não tendo sido seleccionada, são boas recordações da minha infância. Recordações de uma infância feliz e sonhadora (ainda sou). Obrigada aos meus pais e aos meus irmãos por me apoiarem sempre, mesmo sabendo que seria assim que iria descobrir que não tenho jeito nenhum para falar em público, muito menos para estar num palco a cantar e a actuar!
Agora vamos à nova e actualizada versão da Annie.
Não sou crítica de cinema nem nada que se pareça. Ao que parece a crítica de quem-percebe-disto, não é muito boa. E eu vou dar a minha crítica de-quem-não-percebe-nada-disto-mas-paga-bilhete-para-ver.
Um filme passado numa das minhas cidades preferidas: Nova Iorque, onde podem ver as melhores cores e vistas da cidade que nos transportam ao imaginário de uma criança órfã que nunca desiste de procurar os seus pais biológicos. Ensina-nos um pouco a todos nós que a vida é boa de se viver quando não nos entregamos, quando lutamos pelos nossos objectivos. Não desistir leva-nos a traçar e descobrir novos caminhos, tantas vezes, diferentes daqueles que imaginámos serem os melhores para nós. Annie procura os pais, mas em vez disso, encontra um Pai adoptivo completamente improvável que também acaba por encontrar em si um sentimento antigo: o AMOR …
O actor principal (que faz de homem rico) Jamie Fox é dos actores mais giros e cómicos que para aí andam; a miúda que faz de Annie é a coisa mais querida e tem uma voz de sonho, coisa mais querida –ahhh já tinha dito isto!; a Cameron Diaz, como sempre, uma actriz muito versátil e “estupidamente” fantástica, até com as sobrancelhas pretas e grossas! ; todos os actores e crianças que cantam e dançam nos captam a atenção, não há secas neste filme!
O que eu vos digo, sem vergonhas:
Este é mais um dos meus musicais preferidos!
Se ainda não foram ver, CORRAM a comprar os bilhetes para o fim de semana! É bom para TODA a família. Um filme que nos faz bem, faz-nos sentir (ainda mais) miúdos… para além de ser filmado numa cidade liiiiiiiiiiiiinda!
Tem um final feliz muito hollywoodesco, mas eu gosto de finais felizes! E cheira-me que os críticos devem querer tragédias Franciscanas ou algo mais real… como se a Bela Adormecida fosse real! Pffff…
DEIXEM SONHAR!!! QUE CHATOS!
Ahhhhhh! E eles adoraram… também é importante salientar… eheheheh!
(Quero lá saber! Nunca vou crescer!)
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=3xLQeyVh3k4]
Imagem capa@deviantart.net
Como pais e educadores, haverá alguma forma de andarmos um passo à frente dos nossos filhos? Será isso necessário? Como fazê-lo?
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