Qual é o jornalista, doutor, engenheiro ou pai que pode dizer, com toda a certeza, que sabe o que é ser professor?
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
Todos nós andámos na escola. Projetamos uma escola de acordo com a imagem do nosso passado. Gostava de repetir isto
até à exaustão. Espalhar aos quatro ventos até ser ouvido. A educação precisa de ventos positivos!
Quando?
Quando é que, nomeadamente no nosso país, as boas notícias nascidas nas escolas, merecerão o mesmo protagonismo dado aos defeitos, às limitações e às más notícias?
Olhamos para a escola e pensamos no aluno que fomos, no mundo que tivemos, no pai que somos. Entretanto, já tudo mudou. É fácil lançar suspeitas quando a realidade está distante.
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
Porquê?
Porquê assistir ao enaltecer de outros sistemas educativos, sistemas diferentes do nosso, quando, demasiadas vezes, esse enaltecer serve para denegrir o esforço do professor?
Olhamos para países diferentes. Com hábitos, clima e rendimentos diferentes para denegrir os nossos professores. Os melhores sistemas APOIAM o professor!
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
Cristalizámos as críticas.
Elas estão presas a um tipo de realidade. A realidade, contudo, é um mosaico. A realidade é assim…mas entretanto, nesse mosaico, já tudo mudou. Claro que há fatores que me custam. Fatores negativos. Claro que há espaço para a crítica.
Há professores desmotivados, pouco pontuais, com pouca capacidade de escutar, e até, pasme-se, com pouca disposição para aprender!
Mas, por cada professor que assiste às minhas (trans) Formações optando por se sentar na última fila, há uma maioria grande que fica na primeira fila participando de forma positiva.
Por cada professor desmotivado, desatento, incapaz de ver algo positivo no que quer que seja, há uma maioria capaz de sonhar.
Quando um professor vai para a última fila, decide não falar, lembro-me dos milhares que trabalham com alunos de diferentes níveis de ensino na mesma sala, lembro-me das dificuldades que isto acarreta e opto por entender a resistência, o cansaço.
Por cada professor que não fica cativado com o meu sentido de humor, há uma maioria vibrante, brilhante, desafiante e cativante.
Há uma maioria cativada e cativante. Obrigado a esta maioria.
Por cada um que optou por me mandar um rosto frio, como que mostrando desagrado pela minha postura positiva, feliz, provocadora e assertiva, como se fosse minha a culpa dos males do mundo educativo, há centenas capazes de elogiar.
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
E, quantas vezes, o professor que fica na fila de trás, o que já se rendeu à desmotivação, o que até tem uma postura defensiva, não é vítima de outras Formações aborrecidas, tristes, mal humoradas, mal dinamizadas por quem não conhece a realidade?
Quantas vezes esse professor não é vítima de outros formadores capazes de criticar em vão, só porque até é fácil criticar o professor.
Toda a gente parece ter uma palavra a dizer sobre escola, educação, editoras, manuais escolares, sistema educativo… E a realidade? As salas sem condições? E os “psicólogos de televisão” com os minutinhos de antena para encher?
E a crítica fácil do comentador, do “pai de torremolinos”?
Tudo desgasta.
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
E as mudanças de rumo dos diferentes executivos? As alterações nos ministérios? As suspeitas de “corrupção”, baseadas em mentiras?
Qual é o “psicólogo de televisão” conhecedor da realidade? E o palestrante que já deu aulas nas escolas portuguesas? Qual é o jornalista que enfrentou uma turma atrás de outra turma, nas condições atuais?
Por cada professor desmotivado, por cada professor que decidiu assistir a uma intervenção minha na penumbra da sala, perdendo o meu rosto, inibindo-se de se envolver comigo para poder entender a minha mensagem, há uma maioria merecedora de vénias.
Perante os da penumbra, tento envolvê-los. Por vezes fico triste, se não sentem o meu rosto, podem não entender o humor, a ironia, a assertividade, as entrelinhas…e como a minha ação tem entrelinhas!
Perante estes, a minha decisão de ser cada vez melhor no que faço, é renovada.
Pelos alunos, a base de tudo, pelos melhores professores, levantarei sempre a voz. Estudarei sempre mais. Contrariarei salas sem condições, sistemas de som contraproducentes, últimas filas desatentas.
Perante a opinião ligeira do jornalista, ou perante a crítica teórica do “psicólogo de televisão”, levantarei sempre a voz.
E perante a má cara do meu colega formador, porque “foram maus formandos”, levantarei sempre a voz.
Perante a sugestão leviana do pai que deveria ir à escola pela positiva, levantarei sempre a voz.
O esforço colocado na crítica vã, deverá ser canalizado para ajudar.
Perante cada professor cansado ou desenquadrado, lembrar-me-ei sempre da maioria que está para levar o mundo para a frente.
Pelos alunos, a base de tudo, ajudam-me a levantar a voz?
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A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.