O Natal em famílias separadas.
4 pontos de reflexão para os pais
O Natal é tradicionalmente a festa da família, pelo que é a altura do ano em que as crianças mais sentem a separação dos pais. A magia do Natal deve estar sempre presente e os pais devem fazer um esforço redobrado para que seja mesmo assim.
Essa tarefa nem sempre é fácil, mas foi precisamente a pensar nisso que decidi estruturar alguns pontos de reflexão para as famílias separadas (e não separadas), que explico a seguir:
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Evite compensar
É praticamente inevitável que numa separação exista a tendência para cada um dos pais tentar compensar a ausência oferecendo presentes a mais. No Natal essa realidade é ainda mais evidente e pensamentos do género «só espero que o meu presente seja o que ele vai gostar mais» surgem de forma quase permanente. É importante tentar contrariar a tendência, pois o Natal e as necessidades das crianças estão muito além de qualquer bem material.
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Evite comentários negativos
Salvo algumas excepções, sempre que há uma separação há marcas que perduram e é frequente o pai ou a mãe fazerem comentários pouco adequados um sobre o outro em frente aos filhos. Em qualquer altura, essa é uma prática errada e evitável, mas no Natal tem mesmo que se fazer um esforço para que isso não aconteça, de modo a evitar destruir o espírito natalício de união e felicidade a que as crianças têm direito.
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Estimule o contacto do seu filhou com o outro progenitor
Não é fácil, mas no Natal deve-se mesmo tentar que as crianças tenham contacto com todos os elementos da família. Acredite que isso só vai fortalecer a relação com o seu filho/a!
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Fique sempre feliz com a felicidade do seu filho
Os momentos de felicidade que o seu filho tem com o outro progenitor devem alegrá-lo(a) genuinamente. Este é, talvez, o aspecto mais difícil de cumprir, mas é capaz de ser o mais importante. Todos os filhos conhecem muito bem os pais e aquilo que mais desejam é fazê-los felizes. No entanto, se perceberem que a felicidade deles “esbarra” na dos pais, isso deixa-os perturbados e sem saber muito bem o que fazer. Pode parecer demagogia, mas aqui tem mesmo que utilizar o conceito que diz «Se tu estás feliz, eu também estou feliz!». Só assim todos aproveitam da melhor maneira…
Sempre achei que a pediatria devia sair dos hospitais e consultórios e aproximar-se o mais possível da população e foi sempre com esse propósito que fui desenvolvendo o meu blogue.