Onde andam habitualmente as famílias à hora das refeições
Numa conversa recente, com colegas e amigos, a propósito das memórias doces do Natal da nossa infância, invariavelmente surgiram memórias associadas à reunião da família em torno da mesa de refeições, à partilha de histórias e conhecimentos, ao envolvimento em jogos variado, ao contacto com as emoções.
Memórias de Natal à parte, por onde andam habitualmente as famílias à hora das refeições?
Muito mais vezes do que gostaria, percebo que as famílias que passam os dias dispersas, pressionadas pelos seus vários afazeres e pelo tempo que lhes parece fugir, chegadas a casa e no momento das refeições, optam por se sentar no sofá, em horários distintos, de tabuleiro no colo, hipnotizados por um qualquer programa na televisão. Ligados ao ecrã. Desligados uns dos outros.
Valorizar a hora das refeições
Na partilha de uma refeição, ao redor de uma mesa, e longe de estímulos que fazem a atenção dispersar, os laços familiares tornam-se mais significativos e o conhecimento mútuo acontece. Se é este o único momento, lugar e contexto em que isso pode acontecer? Claro que não! E muito tenho falado, por exemplo, do Tempo Especial na Família. Mas a verdade é que o momento das refeições é, sem grande esforço, um momento que convida a que boas memórias sejam semeadas.
Nesses momentos de partilha, aproveite para:
- conhecer melhor o seu filho (aquilo que o tem entusiasmado, aquilo que o tem preocupado, aquilo que anda a sentir necessidade…);
- fazerem projetos conjuntos;
- conversarem sobre os vossos valores familiares;
- escutarem as opiniões uns dos outros sobre os mais diversos temas;
- modelar comportamentos;
- acederem a emoções;
- dizerem uns aos outros aquilo que sentem;
- fortalecerem os vossos laços emocionais…
Urge a conexão, o diálogo e a partilha. Saímos do sofá, deixamos o tabuleiro guardado e sentamo-nos à mesa?
Cada flor, com as suas características próprias, constitui um desafio especial e único em terapia.