Um adeus ao meu filho
Passei pelo quarto do meu filho e vi-o a dormir. Entrei para desligar a luz, e quando alcancei o interruptor, olhei para a pessoa que estava deitada na cama e percebi: ele já é um jovem. Já não é um miúdo, é um jovem com tamanho de adulto.
Calma. Pára, respira. Precisei de um segundo para me recompor. Precisei de um momento para me despedir. Para dizer adeus.
Eu sei que não posso parar o tempo e, que aquele miúdo que ainda vivia preso entre o mundo infantil e a adolescência, ia crescer. Tem sido sempre assim. De um bebé pequenino que cabia de corpo inteiro na palma de uma mão, a uma criança sorridente que para onde ia queria levar o Comboio Thomas ou o Faísca McQueen, até ao estudante robusto que andava sempre em corridas, e que me provocou ataques cardíacos consecutivos – eu amei cada fase da maternidade, cada estágio da sua infância, e chorei muitas vezes a perda do que deixamos para trás.
Saber crescer, saber envelhecer
Há pouco tempo, eu pedi a Deus que me desse mais um verão com ele enquanto criança. Eu precisava só mais uns meses do meu filho pequenino. E aconteceu. Ainda tive um verão perfeito com o meu filho criança mas pouco depois, inevitavelmente, ele cresceu. E eu cresci com ele. Não temos escolha. Ou crescia, ou ficava para trás.
E mesmo agora, eu vejo como tudo tem sido maravilhoso. Eu vejo o adolescente incrível em que ele se está a tornar. Há tantas mudanças diárias na vida dele. Parece que cresceu 20 cm numa semana, e de repente tem uma voz profunda e um riso diferente. Até a maneira de pensar mudou. Discutimos politica, por-amor-de-Deus, e ele sabe o que diz.
Ele está a crescer, a seguir em frente, a deixar a infância para trás e a alcançar o todo o seu potencial. Tal como é suposto. E eu estou a fazer alguma coisa bem, porque o meu filho é uma pessoa incrível. Vai ser um homem magnífico.
Eles crescem e a saudade fica
Eu acho que vou sempre ter saudades daquele miúdo de 6 anos com um sorriso apaixonante, com ideias mágicas, e coração de ouro. Ao dizer adeus a cada fase sua, eu despeço-me do que vou deixar para trás mas preparo-me para o que vem a seguir. O meu filho está a crescer e é maravilhoso, é mágico. Ainda temos tantas aventuras pela frente.
Tenho sorte porque ele ainda me acha divertida na maior parte do tempo. Ou, pelo menos finge. E ainda quer sair comigo. Ainda é o meu companheiro de aventuras, mas agora, é ele que sugere os programas. Ele sai com os amigos, mas dar-me sempre um beijo de despedida antes de sair de casa e responde-me “eu também” sempre que lhe digo que o adoro, independentemente de quem estiver por perto.
Ele ainda me pede opinião, e depois forma a sua própria.
Às vezes ainda me dá a mão ao atravessar a estrada. Só não sei se é para se sentir seguro, ou para me proteger. Seja qual for a razão, eu dou sempre de volta.
Wendy Del Monte, para ScaryMommy,
autorizado para, traduzido e adaptado por Up To Kids®
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7 comentários
Os nossos filhos crescem tão depressa que até DOI. Mas para nós são sempre crianças. Tentamos protege-los o maximo possível.dar conselhos.um dia olhamos bem e dizemos estas um homem/mulher lindo.
<3
🙁
Adorei ler…
<3
Muito bonito! E tudo passa com uma velocidade louca. Lembro-me que quando a minha filha mais velha fez 18 anos eu tinha acabado de fazer 40. A minha mãe perguntou-me: “então, filha, não estás admirada de ter já uma filha de 18 anos”? E nessa altura, voltei-me e respondi: “não, porque cresci com ela”. O mesmo se passou com cada um dos meus filhos e se o saudosismo de tempos passados começa a surgir, temos sempre o mimo dos netos e os abracinhos especiais de cada um.
<3