
Pais Exaustos – 4 aliados para prevenir o burnout parental
Pais Exaustos – 4 aliados para prevenir o burnout parental
Não é desejável mas, na realidade, a parentalidade parece estar a tornar-se numa corrida.
Todos correm para ganhar o título de “melhor pai, do melhor filho”. Não sei bem o que pode isso significar, mas a corrida parece ser essa, levando a que muitos pais vivam os seus dias com sinais de cansaço extremo, menos conectados com as reais necessidades dos filhos, pouco preenchidos no seu papel parental.
Embora o termo burnout surja habitualmente associado a uma doença laboral, este tem sido usado de forma mais consistente como uma sobrecarga física e mental, decorrente de níveis de stress elevados e baixa perceção de recursos, em qualquer esfera da vida. Portanto, sim, o burnout parental é uma realidade.
Pais exaustos
O cansaço extremo e a exaustão persistente são relatados pelos pais de crianças mais pequenas sob a forma de desgaste físico, enquanto os pais de adolescentes parecem experienciar mais o cansaço emocional. Em casos mais graves, a exaustão pode originar o distanciamento dos filhos, assim como a sensação de vazio e não realização. O impacto negativo destes quadros estende-se, como se percebe, a toda a família e muito particularmente aos próprios filhos, que se sentem menos seguros e apoiados.
Pais exaustos – 4 aliados para prevenir o burnout parental
– Não se isole e converse sobre o que sente.
Porque efetivamente ajudar uma criança a crescer é uma missão que tanto tem de mágico, como de assustador, o apoio da sua rede de suporte pode ser um dos mais valiosos recursos de que dispõe. Aceite os sentimentos de vergonha, de medo, de tristeza, de culpa (ou quaisquer outros que surjam) como válidos e sintonize-se com aquilo que mais valoriza no seu papel parental, procurando o apoio da sua rede de suporte, incluindo família, amigos e comunidade.
– Faça uma lista
Faça uma lista de todos os stressores que consegue identificar, nas várias esferas da sua vida, e opere pequenas mudanças que, apesar de pequenas podem fazer uma grande diferença. Adotando uma postura pragmática, procure identificar formas de reduzir alguns desses stressores. Por exemplo:
- para manhãs para sair de casa que são o caos, deixar o maior número de coisas preparadas de véspera;
- quando durante a semana pensar e preparar refeições é exigente, planear refeições da semana durante o fim de semana;
- de manhã quando as crianças se parecem com preguiças, colocar o despertador 10 minutos mais cedo;
- quando as tarefas domésticas parecem não ter fim, envolver as crianças nas tarefas. Sim, elas gostam de ajudar em tarefas como estender a roupa, lavar o carro, regar plantas, limpar o pó.
– Deixe cair os discursos das obrigações.
Procure transformar as frases em que usa o “devia…” por frases em que recorre ao “escolho…”. Devia estar a tratar da roupa em vez de estar a ler as páginas deste livro. Hoje o meu corpo e a minha mente estão a pedir-me para desacelerar. Apesar da roupa para lavar se estar a acumular, hoje escolho ler um pouco antes de me deitar.
Sente a diferença que a escolha das palavras faz?
– Faça do autocuidado uma prioridade e deixe de olhar para ele como um gesto de egoísmo.
Pelo contrário, o autocuidado dos pais é um gesto de respeito e amor pelos filhos. Veja o autocuidado como imprescindíveis balões de oxigénio que o ajudarão a tolerar melhor os eventos stressantes e a sentir uma maior controlo no momento de gerir emoções e ações.
Cuide de si com respeito. Assim, estará mais disponível para, momento a momento, compreender aquilo de que o seu filho precisa.
Cada flor, com as suas características próprias, constitui um desafio especial e único em terapia.