
Para onde vamos quando desaparecemos?
Este fim de semana não estamos para passeios.
Nem festejos.
Nem saídas divertidas e museus educativos.
Este fim de semana estamos apáticos.
Tristes.
Tristes demais.
Tive de contar aos meus filhos.
Já tinham ouvido qualquer coisa e perguntaram-me.
Foi difícil.
É muito difícil dizê-lo em voz alta.
Surgiram muitas perguntas.
Muitas dúvidas.
Medos e inseguranças.
E a pergunta inevitável surgiu: “podia ter sido eu, mãe?”
Ouço um “Sim” tremido a sair da minha boca, e nem queria acreditar que sim.
Que podia ter sido um dos meus filhos.
Que PODE ser um dos meus filhos.
Deus esfrangalha-nos num segundo.
Descansa em paz, princesa Côderosa
À parte algumas exceções, ninguém consegue responder com certeza absoluta à pergunta que dá título a este livro.
“Para onde vamos quando desaparecemos?” aproveita a ausência de respostas “preto no branco” para lançar novas hipóteses – mais coloridas e poéticas, mais sérias ou disparatadas, conforme o caso… – e assim iluminar um tema inevitavelmente sombrio.
Felizmente (ou infelizmente sei lá) não somos os únicos a desaparecer.
Com todas as outras coisas do mundo, acontece o mesmo.
O Sol, as nuvens, as folhas e até as férias
Estão sempre
A começar e a acabar,
A aparecer e a desaparecer.
O que propõe este livro?
Observar as coisas do mundo e nelas procurar novas pistas e possibilidades (que nos sirvam a nós e àqueles de quem mais gostamos).
Atenção: nesta procura, nada deve ser ignorado – das meias que se evaporam misteriosamente ao sol que todos os dias se vai embora – em tudo pode haver ideias interessantes que ajudem a preencher o espaço deixado em aberto por esta grande interrogação.
“Para onde vamos quando desaparecemos?” aborda de forma subtil o tema da ausência, do desaparecimento e da morte.
Não trazendo respostas definitivas, abre as portas à imaginação, tornando o tema (mesmo que por breves instantes) um pouco mais leve.
Este livro consegue o impossível: apresentar o tema inquietante da ausência, do desaparecimento e da morte às crianças da forma mais adequada. Partindo de exemplos como o sol, as nuvens ou mesmo as férias que estão sempre a começar e acabar, coloca uma interrogação a que ninguém consegue responder com certeza absoluta. A qualidade e imaginação das ilustrações de Madalena Matoso e a subtileza poética do texto, não isento de humor, tornam leve e apetecível um assunto doloroso e improvável. Um livro que ajuda a crescer. Luís Almeida Eça, Agenda Cultural de Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa)
FICHA TÉCNICA
Planeta Tangerina
Para onde Vamos quando desaparecemos
Isabel Minhós Martins · Madalena Matoso
48 páginas · 195 x 220 mm
PVP: 12,50 €
Contamos com mais de uma centena de especialistas que produzem conteúdos na área da saúde, comportamento, educação, alimentação, parentalidade e muito mais. Acreditamos em Pais reais, com filhos reais.
Adoro este livro leio muitas vezes aos meus filhos e muitas vezes eles usam as historias que veem no livro para explicarem para onde vão as coisas que eles tento gostam e desapareceram.