Plagiocefalia – O que é, diagnóstico e alguns conselhos aos pais

Plagiocefalia – O que é, diagnóstico e alguns conselhos aos pais

Plagiocefalia – O que é, diagnóstico e alguns conselhos aos pais

O meu filho foi recentemente ao pediatra que me disse que ele estava com plagiocefalia. “Afinal o que tem o meu filho?”, fui procurar no Google o que era tal palavra e encontrei casos horríveis…

O que é a plagiocefalia?

Para todos os pais que já passaram um cenário semelhante, a plagiocefalia é um termo médico usado para definir uma assimetria craniana, em que é notório um achatamento de um dos lados da cabeça do bebé. Pode ser considerado um processo que acontece intrauterinamente, durante o parto ou no período a seguir ao parto, tendo várias causas na sua origem, consoante o processo que as originou.

A mais comum é a plagiocefalia posicional que sofreu um grande aumento nos últimos anos. Esta é decorrente de uma campanha chamada de “Back to sleep” feita pela American Academy of Pediatrics. A campanha alertava para o posicionamento de barriga para cima durante o sono, como forma de reduzir o risco de morte súbita nos bebés.

A plagiocefalia posicional advém de uma permanência prolongada na posição de barriga para cima, em bebés até aos 3 meses, podendo prolongar-se no tempo. É mais frequente nos meninos por nascerem com um perímetro de cabeça maior e nos primeiros três meses de vida, a cabeça ter um crescimento mais rápido.

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é relativamente fácil, sendo feito a partir da observação do topo da cabeça do recém-nascido. É importante também avaliar a mobilidade cervical, pois pode estar associado com um torcicolo cervical.

Tem tratamento?

O tratamento destes casos deve começar inicialmente pela prevenção. É fundamental esclarecer os pais e comunicar as recomendações que devem ser feitas principalmente durante os dois primeiros meses de vida (a partir dos 4/5 meses o bebé já consegue regular a sua posição e não precisa de tantos cuidados), pois os conselhos de reposicionamento do bebé, poderão diminuir ou evitar possíveis deformações cranianas, o que é eficaz em mais de 50% dos casos, pode ser uma mais-valia consultar um fisioterapeuta. Em casos que persistam por um período de tempo maior, existem outras opções que deverão ser aconselhadas e avaliadas individualmente.

Em casos mais graves, o uso de ortóteses cranianas (capacete) é controverso. Existem ortóteses passivas/ativas ou dinâmicas. Não restringem o crescimento normal e requerem utilização diária por períodos prolongados (cerca de 23 horas por dia), com uma duração média de 13 semanas, e têm maior benefício quando usadas entre os 4 e os 9 meses, sendo pouco eficazes depois dos 12 meses. No entanto o impacto psicológico, a possibilidade de desenvolvimento de úlceras de pressão, entre outros problemas que daí podem advir, são claras desvantagens para o seu uso.

A reter:

O recém-nascido deverá experienciar o maior número de posicionamentos, que o ajudam a crescer, a desenvolver-se e a prevenir variadas situações. Em caso de dúvidas ou aparecimento de quaisquer sintomas, deverá consultar um pediatra e/ou um fisioterapeuta. Estes especialistas poderão ajudar a avaliar e aconselhar as alterações necessárias para ultrapassar o mais rapidamente possível a plagiocefalia.

 

Por Fisioterapeuta Beatriz Silva

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