E assim estamos de novo no regresso às aulas. Entre testes, estações do ano, notas, estudo, apontamentos, visitas e reuniões de pais voltámos a Setembro!
É tempo de decisões, opções e preocupações. Renovar matrículas, mudar de escola, estudar os conteúdos programáticos, conhecer as professoras, comprar e forrar os livros e escolher o material escolar.
Diariamente somos bombardeados com promoções, descontos e ofertas. Mais uma altura do ano aproveitada ao máximo pelo princípio capitalista do consumismo. Mas o regresso às aulas é muito mais do que isto. É a altura em que os mais novos se sentem postos à prova, é tempo de retomar as rotinas e horários e para algumas mães é altura de se despedirem da licença de maternidade e entregarem os bebés ao cuidado de alguém estranho.
É ainda período de definição de metas pessoais, pedagógicas e profissionais.
Tempo de repensar prioridades e estabelecer medidas de organização familiar. A educação é, cada vez mais, parte crucial de quem somos e de quem queremos que os nossos filhos sejam. É selecionador de oportunidades e define competências e preferências. O regresso às aulas deixou de ser apenas período de reencontrar os amigos e professores. Ganhou uma importância acrescida de responsabilidade futura. Não basta ser razoável. Nos dias competitivos de hoje, há que ser mais e melhor. Superar e superarmo-nos diariamente.
É, ainda tempo de reencontrar ou criar novos afectos. Numa era de independência feminina, a figura de educadores e professores assume também um carácter afectivo de peso, pois substitui a presença paternal imediata. As crianças passam cada vez mais tempo na instituição escolar pelo que a transmissão de valores e princípios deixa de ser uma tarefa única e exclusiva da família.
Por isso, talvez mais do que nunca, as escolas e instituições, sejam curriculares ou extracurriculares, ganham agora um perfil mais carinhoso, mais caloroso e mais afetivo.
Por Mariana Torres, para Up To Kids®
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