
Resilientes só os miúdos
Resilientes só os miúdos
Não há palavra mais na moda: resiliência.
Também eu a tento compreender e explicar. Tento que adultos se tornem agora resilientes quando talvez não o tenham sido durante toda a vida. Não fujo a estes jargões profissionais que vão e vêm ao sabor das teorias. Mas, como todos sabemos e experienciamos, a vida é quem mais nos ensina. E eu aprendi uma enorme lição: se há ser humano resiliente, só pode ser uma criança. Resilientes só os miúdos.
“Mesmo quando os nossos piores anseios nos dizem que elas não vão ser capazes, as crianças surpreendem-nos com uma lição de resiliência verdadeira e única.”
As crianças caem (literalmente e no sentido figurado). Caem e magoam-se (também literalmente e no sentido figurado). As crianças sofrem e vivem o sofrimento e depois levantam-se com um encantamento e uma genuinidade de que só elas são capazes. Sacodem as dores e seguem o seu caminho.
Mesmo quando os nossos piores anseios nos dizem que elas não vão ser capazes, as crianças surpreendem-nos com uma lição de resiliência verdadeira e única. E essa resiliência está ancorada numa capacidade de gestão emocional quem nem 500 horas de formação intensiva alguma vez trarão a um adulto.
Por isso, devemos fazer um esforço, devemos procurar a melhoria, devemos cair e levantar, sabendo que nunca o faremos como uma criança.
Mais importante, talvez possamos com elas aprender que a vida é feita de grandes trambolhões, mas a felicidade está mesmo nas pequenas coisas. E quando conseguirmos fazer tudo isto, olhando para os nossos miúdos com admiração e humildade, daremos mais um passo no nosso desenvolvimento pessoal.
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