Eu quero que me contes.
Nas duas últimas semanas, vi-me envolvida em duas situações diferentes, e em que não tinha bem a certeza de como deveria agir em cada caso.
Na primeira, um amigo do meu filho acertou-lhe com uma pedra na cabeça, e feriu-o.
Será que eu deveria ter dito alguma coisa à mãe? Eu sei que foi um acidente, e que o miúdo se sentiu mal por isso.
Pensei em dizer alguma coisa, mas acabei por não fazê-lo.
Numa outra situação, e esta não envolve os meus filhos, eu vim a saber que o filho adolescente de uma conhecida minha (com quem me dou bastante bem e costumamos encontrar-nos de vez em quando), andava envolvido com coisas pouco saudáveis. E ilegais.
O que devo fazer? Devo dizer alguma coisa, ou não me meter?
Eu sei que se fossem os meus filhos, em qualquer uma das situações eu iria querer saber.
Acredito que muitas de nós, mães, já passamos por situações destas. Sem saber se devemos falar ou não.
Por isso eu vou deixar bem claro: se o meu filho atirar uma pedra à cabeça do teu, eu quero que me contes. Acidente ou não, eu quero saber!
Se o meu filho te faltar ao respeito, conta-me.
Se o meu filho consumir drogas, eu preciso de saber.
Se vires os meus filhos num sítio que não seja suposto estarem, quero que me contes.
Se te contarem que o meu filho consome drogas, mesmo que não tenhas a certeza se é verdade ou não, conta-me que te contaram. Eu averiguarei, dando o beneficio da dúvida.
Se souberes que os meus filhos me andam a mentir, não os ajudes, conta-me.
Se o meu filho é bully , ou se não é bully mas é o parvalhão da escola, eu quero que me contes.
Se o meu filho usar uma linguagem totalmente inapropriada eu preciso de saber.
Se o meu marido me andar a enganar (não anda, nunca andou, mas hipoteticamente), eu quero que me contes.
Se eu tiver um macaco do nariz a passear do lado de fora, e visível para toda a gente, diz-me!
Se descobrires que uma das minhas filhas está grávida, por favor, fala comigo.
Se vires um pêlo preto e grande a sair do meu queixo, pescoço ou qualquer parte do corpo acima da cintura (ou já agora abaixo também), quero que me digas!
Se algum dos meus filhos andar sempre com miúdos com problemas de droga, ou com o traficante, com prostitutas, ou com alguém mais velho, por favor avisa-me.
Se o meu filho está a ver asneiradas no computador que não deixarias os teus filhos verem, eu quero saber.
Se eu tiver a braguilha aberta, diz-me ou faz-me um sinal.
Se o meu lápis dos olhos está tão borrado, ao ponto de parecer que estive no ringue com o Mike Tyson, ou se a minha saia estiver entalada nas cuecas, eu quero que me contes!
Se acontecer qualquer coisa que não está nesta lista, e ficares na dúvida se deves ou não contar-me, conta-me.
E se me quiseres contar alguma coisa desta lista e não souberes como, basta dizeres:
“lembras-te daquela vez que o teu filho estava a ser um idiota, e querias que eu te contasse? Bem…”
imagem@expertbeacon
Publicado em Scary Mommy, traduzido e adaptado com autorização por Up To Kids®
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