Será que o pessimista é, pouco mais, do que um grande egoísta?
Conhece o tipo, certo? Sempre a reclamar, sempre a arranjar uma desculpa, sempre a agoirar…
“O pessimismo é uma profecia que se cumpre.”
Respeito muito esta frase.
Todos reconhecemos os “pessimistas militantes”.
No fundo, ninguém é 100% uma coisa, e isso aplica-se ao otimismo e ao pessimismo. Ou seja, todos nós temos momentos. Só que há os “pessimistas militantes”, aqueles que passam a maior parte do tempo a lançar a nuvem negra para a frente.
Uma das coisas que me aborrece, é falarem em “excesso de otimismo”.
Num país onde a regra não é ser otimista, nem é ter esperança, nem é dizer mais do que “vou andando”, vamos apontar o dedo aos otimistas? Num país assim, até o otimismo chegar a ser contraproducente, vai demorar muito. E seria sempre um otimismo entre aspas, ou seja, um falso otimismo… Seria um “otimismo tóxico”, mas a expressão não faz sentido, porque, no fundo, se é “otimismo”, não pode ser “tóxico”…
No fundo, é fácil apontar o dedo a quem está bem.
As pessoas que “estão bem”, para muitos, são uma afronta.
“Como assim, estão bem? E a crise? E a pandemia? As alterações climáticas? E como é que estão bem, se eu não estou?” Estes críticos esquecem-se de que os que “estão bem”, também o fazem com algum esforço cognitivo. Sim, estar bem pode implicar esforço. Não é ser alheado, é ter a noção dos problemas, mas fazer algo para os solucionar, quando possível. Quando é impossível resolver, é fazer algo para manter uma atitude inspiradora para os que nos rodeiam, nomeadamente para Crianças e Jovens.
Será que o pessimista é, pouco mais, do que um grande egoísta?
Como as evidências apontam o pessimismo, como fator relacionado com a ansiedade, a depressão e problemas cardiovasculares, o pessimista é egoísta, sim.
É que, a adoecer, não vai sofrer sozinho…
A criação do Mundo Brilhante permite-me visitar escolas de todo o país e provocar os diferentes públicos para poderem melhorar. Agitamos. Queremos deixar marcas.