
Socorro! Bullying na escola, o que fazer?
Bullying na escola, o que fazer?
Se o seu filho é repetidamente alvo de gozo, insultos ou comportamentos agressivos por outras crianças, então é provável que esteja a sofrer de bullying na escola.
Se isto se confirmar, é fundamental conhecer as medidas a tomar em caso de bullying:
1.Reúna os factos
Fale com o seu filho acerca do que se está a passar, quem está envolvido, onde e quando ocorreu. Quanto mais perguntas fizer, mais informação conseguirá obter;
2. Anote os dados
Tente recriar uma linha do tempo com todos os acontecimentos;
3. Seja objetivo
Antes de ir à escola, conte a história a alguém próximo de si ou da sua família, assegurando-se de que está a restringir-se aos factos e o mais objetivamente possível;
4. Informe-se
Se a escola contempla alguma tipo de regra ou medidas específicas para denunciar uma situação de bullying;
5. Fale com Diretor de turma
Fale primeiro com o professor titular, não vá logo para a direção. O professor é o seu maior aliado. Pergunte-lhe se ele tem algum conhecimento desta situação, conte-lhe a história de bullying do seu filho e reúna-se com ele novamente no espaço de uma semana, para tentar avaliar se a situação persiste ou se, pelo contrário, já se encontra resolvida;
6. Fale com a direção escolar
Se o bullying continuar, então sim deverá, juntamente com o professor, falar com a direção da escola. Tente averiguar de que forma a direção vai lidar com o assunto.
Mais importante ainda do que conhecer os passos a tomar perante uma situação de bullying, é fundamental capacitar o seu filho a defender-se e saber como reagir quando confrontado com uma eventual situação de bullying.
Os pais são, muitas vezes, os últimos a saber destas ocorrências, e a verdade é que não pode estar sempre presente quando o seu filho precisa de proteção, sobretudo em situações que ocorram maioritariamente dentro do recinto escolar.
Estratégias que poderão ajudar o seu filho a responder de forma eficaz sempre que ajam agressivamente contra ele ou contra outros:
1.Definir bullying
Use a palavra bullying em casa, encoraje o seu filho a usá-la para descrever o que o bullying verdadeiramente é. O bullying é uma coisa muito séria, um comportamento intencional que faz sofrer e que acontece repetidamente. E acima de tudo, esclareça-o de que o bullying é algo que não é aceitável.
2. Ensinar a respeitar e a ser respeitado
Relembre o seu filho de que, tal como não é aceitável que os outros gozem com ele, também não é aceitável que o seu filho goze com os outros, mesmo sob o argumento de que “toda a gente o faz” ou de que isso o faça parecer “fixe” aos olhos dos amigos.
3. Denunciar
Relembre o seu filho de que, perante uma situação de bullying, seja presencial ou on-line, ele tem sempre a possibilidade de escolher entre ser um observador passivo ou alguém que toma uma atitude. O seu filho tem a responsabilidade de denunciar os “bullys” aos adultos que podem ajudar. Diga-lhe que isto não significa ser “queixinhas”, mas sim uma atitude de compaixão e preocupação por outra criança. O desequilíbrio de poder gera vários tipos de violência enquadrados em diferentes tipos de bullying. Denunciar gerará uma onda de solidariedade: quanto mais ele cuidar de outros alunos, maior a probabilidade de eles o ajudarem a defender-se contra “bullys” também.
4. Proteger e orientar
Garanta ao seu filho que ele não vai arranjar problemas ao contar a sua experiência de bullying a um adulto de confiança. Isto é válido tanto para incidentes que ocorram com ele, como para outra criança. Ajude o seu filho a perceber com quem deve falar nas diferentes circunstâncias.
5. Prevenir
Faça role-play de formas a responder ao bullying: ajude o seu filho a pensar em formas de reagir quando é gozado em diferentes circunstâncias. A quem contaria se alguém o andasse a empurrar no autocarro? Se gozassem com as suas características físicas? O que é que ele diria a alguém que o insultou? Como é que deveria reagir se outros a alunos o excluíssem de um jogo?
Diga-lhe como agir:
- Ignorar o “bully”, sempre que possível;
- Afastar-se ou ir-se embora, se conseguir;
- Dizer ao “bully” para parar, em voz alta. Mesmo que se sinta nervoso, deve tentar falar e agir com confiança.
- Pedir ajuda a amigos e colegas;
- Tentar não se emocionar;
- Evitar responder também com bullying. Retaliação pode ser perigosa;
- Contar sempre a um adulto (professor, pais, auxiliar, etc) depois do sucedido.
Nem sempre o nosso filho é vitima de bullying. Pode acontecer que seja o agressor!
E se for o agressor, o que fazer neste caso?
O seu filho goza com outras crianças?
Tem tendência para ficar de castigo e ser advertido por problemas no recreio?
Talvez esteja a “cometer” bullying.
Estas crianças normalmente precisam de se sentir em controlo, têm dificuldade em gerir as suas emoções e em fazer amigos, por vezes podem mesmo sentir-se frustrados devido a dificuldades de aprendizagem ou atencionais. Mesmo que este tipo de comportamento possa ser explicado, é importante que o seu filho saiba que, quando goza com outras crianças, está a ser “bully”. Ensiná-lo a gerir as suas emoções e ações é a melhor forma de acabar com este tipo de comportamento:
1. Deixe claro que não aceita este tipo de comportamento
Explique ao seu filho que não acha piada, engraçado ou aceitável magoar e gozar com os outros. Isto é válido tanto para os colegas como para os irmãos; O Bullying em casa é tão grave como o bullying na escola. Não ignore!
2. Reveja os incidentes calmamente
O que fizeste? Porque é que foi uma má escolha? A quem é que as tuas ações magoaram? O que é que estavas a tentar conseguir? Da próxima vez, como podes atingir esse objetivo sem magoar outras pessoas?
3. Arranje consequências consistentes para este tipo de comportamento
Ex: O seu filho terá que pedir desculpa a quem magoou ou gozou e emendar o mal que fez. Seguidamente, terá que haver uma consequência negativa do seu comportamento: ficar sem acesso ao computador, televisão ou telemóvel, ou então não fazer as atividades que tinha planeadas durante um período de tempo. Estas consequências podem ser mudadas/ajustadas, mas certifique-se de que o seu filho toma conhecimento dessa mudança;
4. Esteja SEMPRE informado acerca do comportamento do seu filho
Com quem é que o seu filho se dá? Tente perceber o comportamento do seu filho em diferentes áreas da sua vida. Mal assista a um comportamento menos apropriado, quer seja agressão física – Bullying físico, quer seja através das redes sociais – cyberbullying, seja assertivo e aja imediatamente. Isto ajuda a criança a compreender que esse comportamento é inaceitável em ambiente escolar ou fora dele.
5. Transmita aos seu filho a “normalidade” de ser-se bom para os outros
Faça com que o seu filho repare no universo em seu redor, em que o “normal” é as pessoas serem simpáticas, atenciosas e generosas umas com as outras. Quando passam tempo juntos, chame a atenção quando vir alguém a agir de forma atenciosa e correta. Participem juntos em ações de voluntariado, de modo a estimular o seu filho a ajudar os outros. Valorize o seu filho, sempre que ele for atencioso ou sempre que ele consiga gerir as suas emoções de forma adequada.
Quer o seu filho esteja a ser vítima de bullying, que seja o próprio agressor ou um mero espectador, ensine-o a agir da maneira mais adequada em qualquer uma destas situações
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Somos uma equipa multidisciplinar de especialistas em dificuldades de aprendizagem (dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), dificuldades de atenção, hiperatividade e outros desafios do desenvolvimento.
Prezados leitores e administradores. É com indignação que compartilho minha revolta.
Meu caçula passou por uma provação terrível, na páscoa ele foi atacado por um rottweiler no rosto. Além do trauma psicológico, ficaram as cicatrizes e uma janelona dos dois dentes da frente que foram arrancados pelo cão. Filme de terror!
Vamos aos fatos. No clube algumas crianças começaram a fazer bullying. Ele até tolerou, mas como nenhuma atitude dos funcionários foi tomada ele não aguentou e empurrou um deles. Chegou em casa aos prantos. Fomos (mãe e pai) defender nosso filho do que temos certeza ser a atitude a ser tomada diante de ações covardes, ignorantes, insensíveis, preconceituosas… CONTRA SEU FILHO!
Com os ânimos alterados a voz também se alterou. Apesar da situação não foi proferida palavras de baixo calão, nem tão pouco agressões físicas, afinal eram apenas crianças vítimas de uma criação mau orientada também vítima de um mundo desorientado.
Os pais dos agressores e o clube registaram nossa atitude como CONDUTA ANTI-SOCIAL.
Conclusão: Pegamos suspensão de 90 dias.
A VÍTIMA DE BULLYING FOI PUNIDA PELOS QUE DEVERIAM ACOLHELA.
Nosso mundo poderia ser bem melhor para todos, se tivéssemos mais amor, fé, compaixão, solidariedade… e educação!
Ass. Pais indignados precisando de informações jurídicas.
Boa tarde, minha filha sofre bulling pela internet pelo sao colegas de escola , como devo proceder ,ela tem poucas amizadez vai ve tem problema de relacionamento.
Olá Luis, em primeiro lugar tem de tentar falar com ela para que lhe conte sempre tudo o que aconteceu. É muito importante que fale com a professora e que se perceba o que se está a passar. Deve também explicar-lhe que a culpa não é dela, de forma a que não fique com a autoestima mais abalada. Espero que corra bem. Obrigada