Somos aquilo que comemos

Somos aquilo que comemos

Somos aquilo que comemos

Será que somos aquilo que comemos?

Pois bem, cada vez mais é difícil escapar a esta máxima, pois ela invade-nos por todos os meios. Nas últimas semanas já me deparei com informação sobre esta temática pelo menos meia dúzia de vezes (e não, não é exagero). O que se deve comer, o que se deve evitar, o que NÃO se deve comer.

Enfim, a questão que me ficou a martelar na cabeça enquanto mãe foi do poder que eu tenho neste momento de influenciar os hábitos alimentares das minhas filhas, e desta forma cimentar um futuro mais saudável para elas. Mais importante, como é que eu o posso fazer de forma mais eficiente?

Admitindo desta forma que os pais e educadores têm um papel fundamental no desenvolvimento das preferência que as crianças vão desenvolvendo por cada alimento, segue aqui uma lista de sugestões para que possamos levar esta missão a bom porto:

  • Moderar as restrições

Devemos incentivar as crianças a consumirem alimentos saudáveis, estabelecendo regras e não restringindo alimentos menos nutritivos. Proibir refeições de comidas saborosas às crianças, geralmente vai aumentar o seu desejo por essas refeições, fazendo com que as crianças procurem também esses alimentos quando não estão com fome. Assim sendo, esta pressão leva a criança a criar um ambiente de alimentação negativo e inibe-as de regularem a fome e os sinais de saciedade. Em contraste, uma quantidade moderada de restrição pode ser benéfico;

  • Focarmo-nos nas preferências alimentares da criança

Desde que introduzimos na alimentação dos nossos filhos alimentos sólidos, devemos, sempre que possível, focar-nos nas suas preferências alimentares para que o risco de rejeição dos alimentos seja reduzida. Por outro lado, se apresentarmos pratos sem cor e com uma consistência estranha, o prato vai ser automaticamente rejeitado. Nestas idades as crianças preferem alimentos com sabor doce e rejeitam alimentos amargos, como certos vegetais e frutas… e são muito exigentes com alimentos novos e que nunca experimentaram;

  • Introdução “lenta” dos alimentos

Não ofereça muitos alimentos diferentes na mesma refeição para que a criança aprenda a distinguir o gosto de cada um;

  • Deve-se servir uma grande variedade de alimentos, coloridos, nas proporções adequadas.

Todos os dias devem ser introduzidas peças de fruta diferentes e vegetais cozidos diversos, juntamente com o acompanhamento principal do prato. Para ser mais fácil a introdução destes alimentos, os pais podem acompanhar os filhos por meio de filmes interativos, livros ou jardinagem. O número exato de exposições necessárias depende de diversos fatores, incluindo a idade da criança, gosto inicial e novidade da comida, assim como exposições anteriores a novos sabores. Uma exposição pode ser o suficiente para algumas crianças, mas outros podem exigir mais do que uma. A introdução dos alimentos novos e saudáveis é demorada e pode parecer assustadora, com paciência e insistência eles acabam por desenvolver gosto a estes alimentos e querer repetir!

“Tiveste uma nota excelente a ciências? Vamos lanchar a Bola de Berlim que tu adoras do café do Sr. Manuel!” ou

Nota excelente por bom comportamento? Hoje o jantar é pizza!

É totalmente errado este tipo de comportamento. A habituação a estes alimentos muito calóricos e baixos em nutrientes pode levar a hábitos pouco saudáveis, podendo resultar de um problema grave de saúde, a obesidade.

Estas são apenas algumas dicas, cada pai saberá certamente qual deve aplicar e como as deverá adaptar aos seus filhos.

Ahhh, e os “famosos super alimentos”! Já ouviram falar? Estamos neste momento a desenvolver estratégias para os incluir na alimentação diária das crianças. Aguardem o nosso próximo texto J

 

Por Ana Salvador para Up To Kids®

 

imagem capa@dreanstudio

1 thought on “Somos aquilo que comemos

Gostou deste artigo? Deixe a sua opinião!

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights