Um pedido de desculpas aos meus amigos e família

Um pedido de desculpas aos meus amigos e família

Um pedido de desculpas aos meus amigos e família

Peço desculpa.

Para o homem por quem me apaixonei nos tempos em que não tinha preocupações, para os meus filhos que tornam a vida mais colorida, para a minha família que faz com que tudo seja mais fácil e fluido com o seu apoio incansável, e para os meus amigos que descurei há tempo demais, eu peço desculpa.

Peço desculpa por ter gritado. Por ser rabugenta.

Por não ser tão divertida como já fui.

Peço desculpa por chorar.

Por nem sempre conseguir ver o lado bom.

Peço desculpa por não rir como costumava fazer.

Às vezes depois de trocar um milhão de fraldas e de ficar acordada toda a noite preocupada com um dos meus filhos. Ou depois de ficar sem Tylenol e me esquecer de uma consulta médica. Às vezes depois de não conseguir convencer o meu filho de 2 anos a comer a sopa ou o bebé a parar de chorar. Ou depois de responder 17000 vezes a “porquês” naquele dia que estou com uma enxaqueca gigante. Às vezes torna-se difícil ver o lado bom das coisas e é difícil ter uma perspectiva racional sobre a nossa vida.

Eu não quero inventar desculpas para nada. Os meus filhos têm meses e 2 anos. Eu já nem sequer sou uma mãe recente. Mas sou uma mãe de duas crianças muito pequenas que ainda não tem noção do que está a fazer. Ainda estou a aprender a ser mãe. Ainda estou a navegar pelo labirinto da maternidade. E faço muitas asneiradas.

Eu não quero inventar desculpas.  Mas com este pedido de desculpas eu quero que saibam que esta mulher com poucas horas de sono, distraída, rabugenta, impaciente e esquecida, não é a mulher que eu pensava vir a ser.

Eu gostava de continuar a ser aquela mulher que vos fazia rir porque estava sempre divertida.

Gostava de continuar a ser aquela mulher que não se preocupava com as consequências – a diversão em primeiro lugar! Eu gostava de continuar a ser aquela mulher que me ria como se não houvesse amanha com uma piada seca qualquer. Gostava de continuar a ser aquela mulher confiante que acreditava em si própria e acreditava que tudo iria sempre acabar bem. Eu gostava de continuar a ser aquela mulher que tinha a energia, paciência e criatividade para tornar a vida ainda mais divertida.

Talvez um dia, eu a encontre novamente.

Mas, neste momento, ela está perdida. Deixou-se derrotar pela mãe que está cansada e preocupada. Pela mãe que apenas quer uns dias de descanso.

Por isso, tenham paciência, sorriam e continuem a acreditar em mim. Eu nem sei se mereço, mas dêem-me mais uma hipótese.

A outra mulher estará de volta qualquer dia.

 

Por Kiran Chug, para Scary Mommy,
traduzido e adaptado por Up To Kids®

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3 thoughts on “Um pedido de desculpas aos meus amigos e família
  1. “(…)às vezes é difícil ver o lado bom das coisas e é difícil ter uma perspectiva racional da nossa vida.”

    Não precisas de ter filhos para isso.

    “Eu não quero inventar desculpas para nada. Os meus filhos têm meses e 2 anos. Eu já nem sequer sou uma mãe recente.”

    Acredita que ainda és verdinha.

    “Mas com este pedido de desculpas eu quero que saibam que esta mulher com poucas horas de sono, distraída, rabugenta, impaciente e esquecida, não é a mulher que eu pensava vir a ser.”

    Pois… agora és um ser evoluído.

    “Eu gostava de continuar a ser aquela mulher que não se preocupava com as consequências”

    Já disse, ainda bem que evoluíste.

    “Eu gostava de continuar a ser aquela mulher que tinha a energia, paciência e criatividade para tornar a vida ainda mais divertida.”

    Acredita, agora tens muito mais energia.

    “Talvez um dia, eu a encontre novamente.”

    NO WAY! HELLO! HUSBAND? WHERE ARE YOU?

    “Por isso, tenham paciência, sorriam e continuem a acreditar em mim. Eu nem sei se mereço, mas dêem-me mais uma hipótese.”

    Quem não acreditar, não sabe o que é a paternidade. Quem não sabe isso, pouco sabe.

    “A outra mulher estará de volta qualquer dia.”

    Por favor, não.
    Finalmente evoluíste.

    Por… PAI.

  2. “Ele há dias”…. Alturas em que aguentamos tudo sem reclamar e outros em que parece que o tecto nos vai cair em cima. Tudo isso é natural e é bom que se reconheça que isto é um fenómeno geral e frequente nas famílias – até nas mais unidas. Gostei muito deste artigo. Há coisas que sabemos mas que é sempre bom não nos esquecermos….

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